A autarquia de Vila Real disse hoje, em comunicado, que o plano foi aprovado em reunião da Comissão Municipal de Defesa da Floresta Contra Incêndios e entrará em vigor, pelo período de 10 anos (2021-2030), depois de parecer favorável do Instituto de Conservação da Natureza e Florestas (ICNF) e aprovação da Câmara e Assembleia Municipal.
O documento estratégico apresenta “uma estimativa de investimento de cerca de 12 milhões de euros, a realizar essencialmente pelos detentores da propriedade e pelos gestores de infraestruturas públicas, como, por exemplo, estradas, linhas de média e alta tensão”, consideradas “relevantes na infraestruturação dos espaços florestais para a defesa contra incêndios”.
A intervenção preconizada divide-se em cinco eixos estratégicos: aumento da resiliência do território aos incêndios florestais, redução da incidência dos incêndios, melhoria da eficiência do ataque e da gestão dos incêndios, recuperação e reabilitação dos ecossistemas e adaptação de uma estrutura orgânica funcional e eficaz.
Todos os eixos têm, segundo o comunicado, o “objetivo comum de diminuição do número de incêndios e das áreas anualmente ardidas, destacando-se os espaços florestais (áreas e investimentos) onde será necessário executar intervenções de gestão de combustíveis (redes primárias, secundárias e terciárias de gestão de combustíveis, rede de pontos de água de apoio ao combate, ações de informação e sensibilização para a população)”.
O município disse que o “plano anterior foi realizado na sua plenitude tendo sido em algumas matérias (…) claramente ultrapassado o conjunto de ações previstas” e que se consolidou a “trajetória positiva de clara diminuição do número de incêndios e áreas ardidas, o que contribuiu para uma melhoria ambiental do concelho de Vila Real e para o incremento da competitividade do setor florestal”.
Em 2020, foram contabilizados 104 ocorrências de incêndio e 24 hectares de área ardida no concelho de Vila Real.