Aos 12 anos Ganxhe despertou para sua vocação religiosa. A família vivia próxima a paróquia do Sagrado Coração e se a mãe de Ganxhe percebeu seu gosto pelos ofícios religiosos, o pároco Frnajo Jambrekovic, incentivou Ganxhe a leitura de histórias missionárias.
“Não tinha completado ainda 12 anos, quando senti o desejo de ser missionária”, contou mais tarde Madre Teresa.
“Aos pés da Virgem de Letnice, escutei um dia o chamamento divino que me convenceu a servir a Deus”, disse muitos anos depois a Madre Teresa que confessou descobrir a intensidade da chamada graças “a uma grande alegria interior”. Em 25 de Dezembro de 1938, aos 18 anos mudou para Rathfarnham, na Irlanda.
Entre os 18 de 38 anos, Teresa foi religiosa das damas Irlandesas na Índia e professora de História e Geografia no colégio Santa Maria, único para meninas católicas em Calcutá.
O momento crucial para a sua vida que a converteu deu-se de improviso. Ela mesma conta: “Ocorreu em 10 de Setembro de 1946, durante a viagem de comboio que me levava ao convento de Darjeeling para fazer os exercícios espirituais. Enquanto rezava em silêncio, senti um chamamento especial. A mensagem era muito clara: devia deixar o convento de Loreto (em Calcutá) e entregar-me ao serviço dos pobres, vivendo entre eles”.
Recebeu a permissão da Santa Sede para levar os moribundos das ruas para um lar onde eles pudessem morrer em paz e dignidade, também abriu um orfanato. Em 1950 fundou uma congregação religiosa, e as Irmãs de Caridade são mais de 4.000, espalhadas por 95 países.
Gradualmente, outras mulheres se uniram a ela de modo que, em 1950 recebeu a aprovação oficial do Papa Pio XII para fundar uma congregação de religiosas, as Missionárias da Caridade, que se dedicariam a servir aos mais pobres entre os pobres.
O Papa João Paulo II confiou às religiosas da Madre Teresa a casa “Dom de Maria” aberta no Vaticano, ao lado do Palácio do Santo Ofício, para assistir aos mais pobres e aos moribundos da Itália. Em 1979 Madre Teresa recebeu o Prémio Nobel da Paz pelo seu trabalho.
A Madre Teresa de Calcutá faleceu na Sexta-feira 5 de Setembro de 1997 vítima de uma paragem cardíaca. Milhares de pessoas de todo o mundo se juntaram formando várias filas na Igreja de Santo Tomás para se despedirem daquela a quem já chamavam “santa”. Teve funerais de Estado, com a presença de chefes de Estados e cabeças coroadas.
A 19 de Outubro de 2003, foi beatificada por João Paulo II.