Quarta-feira, 22 de Janeiro de 2025
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A crise da Educação

Há já algum tempo que se assiste a uma grave crise da educação, em Portugal. As críticas, manifestações e descontentamento são cada vez maiores. As medidas tomadas não se mostram eficazes. A questão é complexa, porque muitos factores estão envolvidos e a solução não se encontra e não se implementa de um dia para o […]

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Há já algum tempo que se assiste a uma grave crise da educação, em Portugal.

As críticas, manifestações e descontentamento são cada vez maiores. As medidas tomadas não se mostram eficazes.

A questão é complexa, porque muitos factores estão envolvidos e a solução não se encontra e não se implementa de um dia para o outro. Mas há, de facto, sinais alarmantes. A educação é, cada vez mais, “laissez faire, laissez passer”. Os alunos não podem chumbar, não estudam; os professores não têm poder de autoridade; os pais, se calhar muitos, não estão muito preocupados e não se interessam pela verdadeira educação dos filhos, visto que a própria família está em crise; a única preocupação do Governo é a educação sexual, como se fosse o cerne da educação.

Educar é uma verdadeira responsabilidade, porque se pode educar ou deseducar.

E, nesse caso, não nos podemos queixar dos jovens de hoje, se eles são o fruto da nossa deseducação ou má educação.

Recentemente, a 21 de Janeiro deste ano, o Papa dirigiu uma carta à diocese e cidade de Roma, sobre a tarefa urgente da Educação.

Não sei se o nosso Governo já a leu, porque deveria fazê-lo, bem como todos nós.

O Papa diz, de forma muito clara, que “educar é encontrar um justo equilíbrio entre a liberdade e a disciplina. Sem regras de comportamento e de vida, feitas valer, dia após dia, também nas pequenas coisas, não se forma o carácter e não se está preparado para enfrentar as provas que não faltarão, no futuro (…) A educação seria, portanto, muito pobre, se se limitasse a dar noções e informações e deixasse de lado a grande pergunta, em relação à verdade, sobretudo àquela verdade que pode servir de orientação, na vida”.

Educar é, também, ensinar a ser tolerante, com o próximo, nomeadamente a nível religioso e não como se vê, hoje em dia, em que, praticamente, se perseguem os cristãos.

Para quem não sabe, por, numa escola alemã, uma criança muçulmana, de 14 anos, se ter insurgido por não haver um local de culto, o Tribunal Administrativo de Berlim decidiu criar, nos estabelecimentos de ensino, salas de oração.

A religião é parte integrante e fundamental na Educação. Concentrámo-nos a retirar crucifixos da sala de aulas. No entanto, a presença de Jesus, na Cruz, ensina-nos a viver voltados para as necessidades dos outros e não de costas para elas. Por isso, mesmo para os não-cristãos, pode ser um bom sinal educativo.

Por último, educar cabe não só às escolas mas, sobretudo, aos pais. Os pais são responsáveis pelos seus filhos. Também eles têm de os saber educar na liberdade, na verdadeira escolha do bem e do mal. Educar não é fazer as vontades todas aos filhos, para que não chorem. Não é deixá-los na escola e ir buscá-los. É necessário acompanhá-los, ter tempo para eles, conversar, conseguir que se crie uma amizade insubstituível, amá-los verdadeiramente e ensiná-los a enfrentar as dificuldades da vida.

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