Domingo, 1 de Dezembro de 2024
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A diáspora e os partidos

Um grave erro que se cometeu em Portugal após o “25 de Abril” e que atingiu bastante o tecido patriótico da Diáspora foi a tentativa de inocular no seio da mesma, como determinante de sua importância, o vírus do seu envolvimento com os partidos políticos. Parecia não interessar mais o que se fazia em terra alheia no âmbito da solidariedade ou da difusão cultural, do ensino ou da defesa da Língua, do comércio ou do desporto. O que os partidos queriam preferencialmente era os votos dos emigrantes, ou ainda, se possível, dinheiro para a propaganda e para criar novos postos de inscrição para agregar militantes.

Este aliciamento provocou logo à partida duas consequências negativas. A primeira foi a divisão que se passou a verificar no seio das comunidades: já não eram as cores nacionais que prevaleciam, mas os tons partidários que se consideravam; já não se agia pensando no Portugal de Ourique, mas nas conveniências do Partido Socialista ou do Partido Comunista, do Partido Social Democrata ou do Partido Popular; trocava‑se a romagem cívica aos Jerónimos pelo beberete no Largo do Rato; não se financiava uma escola ou uma creche, um hospital ou uma biblioteca, mas recolhiam‑se fundos para pagar cartazes com fotografias de candidatos às próximas eleições ou as diárias dos hotéis dos dirigentes convidados para virem catequizar os

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