Segunda-feira, 19 de Maio de 2025
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Mário Lisboa
Mário Lisboa
Tenente-Coronel da Força Aérea. Colunista n'A Voz de Trás-os-Montes

A inoperacionalidade do Aeródromo Municipal de Alijó (Chã)

Em 2002 por convite do então Presidente do Município fomos convidados para assumir o cargo do Aeródromo em título, função que aceitamos com a maior determinação, pois conhecíamos os antecedentes históricos daquela infraestrutura aeronáutica.

Nesta missão, que começou do zero, fomos acompanhados pelo sr. Fernandes, presidente da Junta da Chã, que ainda agora desenvolve, com grande competência, as suas obrigações políticas com a freguesia e o concelho de Alijó.

De facto, recuando naquele tempo, toda a zona do aeródromo, não passava de um matagal. Passo a passo foi-se desenhando a pista, murando todo o espaço de servidão aeronáutica, tornando-o no aeródromo de recurso que se pretendia.

Assim, a pista que não existiu passou a ser marcada para poder começar a ser utilizada.

Foi aumentada tendo-se desviado a estrada para Carlão.

A pequena torre, passou a ser equipada com iluminação noturna e com telefone.

Foi também encomendada, a uma firma de construção de aeródromos, a execução dum Plano Diretor o qual executou, tendo tudo devidamente estruturado. Entre os aspetos, visava a construção de duas pistas de 1600 e 1800 metros de comprimento, com o total equipamento de tudo o que um aeródromo precisa: Torre de controlo, serviços de incêndio e proteção civil, serviços de apoio, hangares para instalação de equipamento de apoio às aeronaves, etc.

Esse Plano Diretor, encontra- se na posse da câmara, bem como o regulamento de funcionamento do Aeródromo, por mim executado de acordo com as Diretivas da Anacom devidamente aprovado.

Enfim, conseguiu-se que com o Plano Diretor se definisse o essencial e necessário à transformação dum aeródromo em aeroporto Regional, em apoio à grande realidade que é a Região do Douro como complemento às viagens de barco com regresso de comboio através da Linha do Douro.

Pelos vistos, “pelo andar da carruagem” o aeródromo vai voltar ao abandono a que esteve votado nos anos 90 até 2002.

Dentro de alguns meses, temos aí outra vez o tempo seco, dos incêndios .
Durante os anos em que exerci o lugar de Diretor do Aeródromo, toda complexidade das aeronaves dos incêndios utilizava a Chã com a excelente colaboração dos Bombeiros locais, para reabastecimento de água e outros apoios.

Como irá ser este ano?

Respondam os responsáveis se assim o entenderem.

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