Quinta-feira, 23 de Janeiro de 2025
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“A minha paixão pelo treino e jogo não irá acabar tão cedo”

Jogaste nas camadas jovens do SC Régua e nos seniores do FC Fontelas. Como foi a tua carreira futebolística? Sou um apaixonado pelo futebol. Os meus domingos à tarde eram passados no Artur Vasques, a ver o Régua. Ia com o meu pai ver todos os jogos em casa e por vezes também íamos ver os […]

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Jogaste nas camadas jovens do SC Régua e nos seniores do FC Fontelas. Como foi a tua carreira futebolística?

Sou um apaixonado pelo futebol. Os meus domingos à tarde eram passados no Artur Vasques, a ver o Régua. Ia com o meu pai ver todos os jogos em casa e por vezes também íamos ver os jogos fora, aproveitando para um passeio familiar, já era um “ritual”. 

Comecei por fazer parte do escalão de iniciados e só parei no escalão de juniores, onde acabei por ser capitão do meu clube do coração, foi um sonho tornado realidade.

Após os anos de formação, ingressei no plantel sénior do Futebol Clube de Fontelas, onde tive que conciliar com a vida académica, onde estive quatro épocas.

Como atleta, guardo bastantes amizades, que ainda hoje mantenho. Tenho respeito e admiração por todos aqueles que partilhavam o mesmo balneário e campo de jogo. São histórias sem fim… 

Qual o maior feito pessoal e coletivo como jogador?

Como jogador nunca tive a oportunidade de ser campeão em nenhum dos escalões por onde passei. Mas também nunca fui um obcecado por títulos, a minha maior vitória era saber que poderia treinar/jogar, saber que estaria com os meus amigos a fazer aquilo que mais gostávamos, jogar futebol. 

Como jogador achas que poderias ter ido mais alto na carreira?

Não, a minha prioridade era apenas jogar, poder fazer o que mais gostava, mas com os pés bem assentes na terra. Desde bem cedo comecei a ter o interesse pelo jogo, sobretudo do lado de fora (o ser treinador).

Como definirias o Tó Félix, jogador de futebol?

Um jogador que gostava de treinar. Um jogador não muito dotado tecnicamente, mas que compensava com “agressividade” que combatia cada lance. Sempre com vontade de jogar e de ajudar aqueles que estavam ao meu lado no campo.

Quando deixaste de jogar, já pensavas em ser treinador? 

Sim. Deixei de jogar futebol quando ainda estava na universidade (UTAD). O meu interesse por estar a comandar uma equipa foi crescendo e a oportunidade surgiu com o a convite do professor Augusto Miguel, para representar o Clube de Caça e Pesca do Alto Douro, no escalão de Petizes na época de 07/08. Foi uma enorme satisfação e uma responsabilidade iniciar um novo ciclo, ser treinador.

Como jogador quem era o teu ídolo? E o treinador que mais te inspira?

O jogador era o Jorge Costa (ex-capitão do FC Porto). O treinador o Pep Guardiola, uma autêntica inspiração.

Começas na época 2007/08, no CCP Alto Douro, onde estiveste 10 anos. O que mudou em ti na forma de trabalhar?

Procuro estar sempre em constante formação e de querer saber sempre mais, estando neste momento em formação para o II nível de treinador – UEFA B. Mas há algo que nunca mudou, a minha paixão pelo treino.

Na época 2017/18, estiveste como treinador-adjunto do FC Santa Marta de Penaguião, a primeira aventura no futebol sénior. Passa por aí a tua ambição?

Foi uma experiência bastante enriquecedora a nível pessoal e tenho como objetivo estar ligado ao futebol sénior.

Depois de alguns anos afastado do SC Régua, a nova direção do clube fez-te o convite para regressares. Qual foi a sensação de voltar ao “teu” clube para liderar os juvenis no nacional?

Aceitei de imediato e foi uma explosão de alegria, saber que poderia treinar o SC Régua, num campeonato tão apelativo como o Campeonato Nacional de Juvenis.

A equipa técnica, liderada por ti e pelo José Maria Sousa, ainda conta com o João Mota, que te acompanha há algum tempo. Aliar a experiência do José Maria, a tua metodologia e a alguma “rebeldia” do João, foram os ingredientes ideais para se chegar ao sucesso?

Sim, foi o “casamento” perfeito. Todos juntos, aproveitando o melhor de cada um, e sem esquecendo o Toni (treinador de guarda-redes), conseguimos formar uma equipa técnica bastante sólida. É também de louvar o empenho de todo o staff, sem eles nada teria sido possível.

Com uma ideia bem definida de jogo, bons jogos realizados, podiam os juvenis do SC Régua ter conseguido mais alguma coisa? 

Estou convencido que sim! O sentimento foi o de uma enorme satisfação, pois sabíamos que não iria ser fácil e só com uma entrega total de todos conseguiríamos vingar neste campeonato. 

Devido à situação de pandemia mundial que vivemos, a FPF cancelou todas as competições de formação sem descidas nem subidas. Como vês a manutenção do Régua no nacional? 

Foi uma novidade para todos, o que irá ser bastante difícil, pois estaremos na luta, com os ditos “tubarões”, o que por sua vez se torna bastante motivador e ambicioso para os nossos atletas, sócios e toda a direção.

Penso ainda que foi a melhor decisão para todos, onde somente temos que ter um pensamento que: “Irá Ficar Tudo Bem!”

Onde poderemos ver o Tó Félix daqui a 10 anos? 

Não consigo prever, mas certamente consigo dizer que esta paixão pelo treino e jogo não irá acabar tão cedo.

 Perfil

 António César Martins Félix

 Profissão: Professor de Educação Física

 Idade: 32 anos

 Filhos: 2

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