Com ideias e projetos novos, a direção viu as necessidades prementes na corporação e decidiu contratar uma pessoa para ficar responsável por toda a área administrativa e que seja o “elo de ligação entre órgãos sociais, o corpo ativo, o comando e os associados”.
Mas também “como temos a responsabilidade do transporte ambulatório, adquirimos uma nova viatura e contratamos dois bombeiros para transporte de doentes. Isto quer dizer que, desde que assumimos funções já contratamos três novos profissionais”.
O presidente revela que encontrou a associação “sem dívidas”, mas com procedimentos administrativos “muito antiquados e com equipamento informático obsoleto”, um problema solucionado com o patrocínio da Microsoft, em que “foi possível alterar todo o software do quartel”.
“Somos uma equipa jovem com vontade de modernizar a corporação”
Mário Gonzaga – Presidente
O mesmo responsável admitiu que sente falta de recursos humanos. “Já não há voluntariado como havia antigamente, mas para se apostar na profissionalização, o Estado teria de ter uma capacidade financeira brutal de pessoas, que só são precisas em determinados períodos do ano”.
Acrescentou que “temos de caminhar para a profissionalização”, admitindo que “existe uma primeira tentativa com as Equipas de Intervenção Permanente (EIP).Também gostaríamos de ter na nossa corporação, uma EIP, uma vez que temos bombeiros altamente profissionais e qualificados, com todas as formações, mas depois não conseguem ter uma carreira de bombeiro. Esses poderiam integrar essa EIP e seguir a carreira de bombeiro”.
Mesmo assim, “ter uma equipa permanente nunca será suficiente para a dimensão dos incêndios que temos”.
Situada no coração do Douro, durante o verão ainda conseguem ter um ou dois dispositivos para o combate aos incêndios, no entanto, “temos um problema grave na altura das vindimas que coincide com a época de incêndios.
Ou seja, durante junho e julho, temos aqui muitas pessoas, mas no final de agosto, vai muita gente para as vindimas”.
Como o trabalho no verão é ainda assegurado por muitos voluntários, Mário Gonzaga lamenta que “se dê uma esmola ao bombeiro voluntário, quando a proteção civil e o socorro são da responsabilidade do Estado, pelo que defendo uma transferência financeira regular suficiente para os gastos das corporações”.
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