A propósito do acidente oftalmológico do Hospital Santa Maria
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No fim de concluírem o plano de estudos da Faculdade de Medicina os alunos obtêm a licenciatura em Medicina e em cerimónia própria promovida pela Ordem dos Médicos prestam o seu Juramento de Hipócrates (pai e fundador da medicina moderna). Este é constituído por um conjunto de princípios e de normas éticas e deontológicas que devem guiar o médico ao longo da sua vida profissional e que este se obriga a cumprir e a fazer cumprir. Um dos princípios hipocráticos de maior significado é o célebre “Primum non nocere” que significa “o médico seja em que circunstância for, não deve fazer mal ao doente”. Seria absurdo pensar-se que uma actividade que, além de científica, também deve basear-se numa relação/atitude de compaixão, carinho e amor, pudesse envolver más práticas conscientes e propositadas ou maus tratos. Além do mais, seria no mínimo estúpido e incompreensível, já que o êxito e o triunfo do médico como profissional, depende em última análise da sua competência (de bem fazer) e do seu sucesso junto dos doentes. O Prof. Eurico Lisboa costumava justificar o seu conhecido sucesso profissional, dizendo: “Não sou bom médico porque fui bom aluno. Sou bom médico porque amo os meus doentes”.
Quem na sua prática profissional não respeitar estes princípios, não pode nem deve ser considerado médico e será condenado pelos seus pares e pela justiça.
Os médicos estudam, são preparados e são formados numa Ciência (Médica), que, seguramente é das que mais tem contribuído para o progresso e desenvolvimento da humanidade, mas que a par dos inúmeros contributos positivos com que diariamente e ao longo de séculos nos ajuda a tratar doenças, a cuidar de doentes e a salvar vidas, apresenta dois problemas que estão presentes em qualquer acto médico: a incerteza e o risco. Estes em muitos casos são reduzidos ao mínimo, graças a cada vez mais estudo e melhor preparação, ao trabalho mais
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