Há muito tempo, S. Tomás de Aquino afirmou: “Deus criou o Universo”.
Posteriormente, na fase crítica dos Tempos Modernos, essa afirmação foi posta em dúvida.
Hoje, à medida que a Física vai revelando os seus segredos, cada vez um maior número dos seus especialistas se aproximam da afirmação daquele Santo, com a quase total adesão à Teoria do “Big-Bang”, curiosamente lançada por um Abade, Lemaître, em 1926.
Não sou cientista, mas possuo uma curiosidade sempre insatisfeita por esse ramo do Saber e penso que essa curiosidade tem sido recompensada com o esclarecimento de uma Fé que busca provas e as encontra.
Em linhas gerais, o que é o “Big-Bang”? Consiste na convicção, fundada em bases consistentes, de que, no início dos tempos, houve uma fenomenal concentração de matéria, com uma temperatura que ultrapassava os 10 milhões de graus, a qual explodiu. Essa matéria era constituída por protões, neutrões, positrões e neutrinos, partículas estas subnucleares.
Após essa explosão, a temperatura foi baixando, permitindo que o hidrogénio se fundisse em hélio. Com o contínuo arrefecimento, formaram-se os átomos neutros e, milhões de anos depois, essa matéria condensou-se, em galáxias e estrelas no seu interior, entre elas o nosso Sol. As radiações desse fenómeno inicial foram previstas por Gamow e esses autênticos fósseis do fenómeno inicial foram posteriormente descobertos, por mero acaso, por A. Penzias e R. Wilson, o que veio apoiar, indiscutivelmente, a Teoria do “Big-Bang”.
Pensa-se que o fenómeno inicial se produziu há cerca de 13,7 mil milhões de anos. E porquê? Devido a uma Singularidade que, segundo o cientista inglês Stephen Hawking não se situa no tempo, nem no espaço e não tem causa: é, portanto, Deus, única causa não causada.
E as leis físicas confirmam o fim deste Universo, numa Singularidade Final, Singularidade que também se terá manifestado naquilo que chamam o multiverso (universos paralelos), isto é, três Singularidades que se fundem numa única, a que não se aplicam as leis da Física e a que chamamos Deus.
Este estudo da Cosmologia Moderna foi iniciado, por Einstein, em 1917 e, posteriormente, tem sido várias vezes testado.
Segundo o grande especialista Fred Hoyle, «o problema de uma Singularidade é que não só as Leis da Física conhecida não se lhe aplicam, como não há leis da Física que se lhe possam aplicar».
A inevitabilidade de uma Singularidade resulta, segundo Roger Penrose e Stephen Hawking, da própria teoria da gravidade de Einstein que nem a Mecânica Quântica logrou fazer desaparecer,
É esta, segundo as minhas leituras, a posição fulcral da Ciência, neste momento: a existência de uma Singularidade, tripartida como a Trindade que os cristãos veneram, mas única, na sua substância.