Segunda-feira, 9 de Dezembro de 2024
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A vitória foi o mais importante

A vitória era fundamental para as aspirações dos vila-realenses na luta pela permanência na III divisão nacional. Apesar das dificuldades impostas pelo adversário nos minutos iniciais, a vitória acabou por surgir com naturalidade.

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Como lhe competia, os alvi-negros entraram em campo com vontade de resolver a contenda o mais cedo possível, mas a bem estruturada defensiva do Lixa não deu espaços aos homens da casa, que bem tentaram explorar os flancos, onde Luís Carlos esteve em evidência. Mas, faltou objectividade aos avançados que teimavam em não encontrar o caminho da baliza. O Lixa preocupava-se essencialmente por defender bem, com dois blocos que tentavam encurtar as linhas de passe aos alvi-negros. E foi conseguindo as suas intenções, nunca descurando alguma brecha na defesa da casa, como aconteceu aos 14’, mas o remate de Luciano saiu a rasar o poste.

Apesar do domínio absoluto do jogo, o Vila Real sentia algumas dificuldades para criar perigo real junto da área de Cristiano, que vai brilhar aos 20’, quando Nuno Meia, na cobrança do livre, põe à prova os reflexos do jovem guarda-redes forasteiro. O Lixa, já despromovido, ia conseguindo os seus intentos ao manter o nulo, mas aos 41’, Nuno Meia é derrubado dentro da grande área e o árbitro, perto do lance, não teve dúvidas ao apontar a marca do castigo máximo. O mesmo Nuno Meia, chamado à conversão, não desperdiça e faz o primeiro golo da tarde. Já sobre o apito para o intervalo, os transmontanos ainda dispuseram de mais uma oportunidade, mas o defesa azul e branco consegue aliviar sobre a linha o remate de cabeça de Moura. Ao intervalo a vantagem mínima era justa para os atletas da casa.

A segunda parte não podia começar melhor para os vila-realenses já que na primeira incursão à baliza contrária vai chegar ao golo da tranquilidade. Na sequência de um pontapé de canto, Meia levanta para o segundo poste, onde aparece Moura a cabecear como mandam as regras, de cima para baixo, e a fazer o golo, decorria o minuto 49’. Os vila-realenses tiraram o pé do acelerador, mas ainda tiveram várias ocasiões para aumentar a vantagem, sendo a mais flagrante aos 75’, com Ernesto a cabecear à trave. Na sequência deste mesmo lance, há uma grande confusão na área, mas ninguém consegue desviar para a baliza. Aos 77’, o guarda-redes forasteiro faz a defesa da tarde ao negar o golo a Nuno Meia. Há um cruzamento tenso para a área, onde aparece solto Meia a fazer o cabeceamento perfeito, mas Cristiano nega-lhe o golo com uma excelente intervenção.

O Lixa atravessa uma grave crise financeira e viu grande parte do plantel abandonar o clube, mesmo assim apresentou-se com muita dignidade e tudo fez para conseguir um resultado positivo. Durante os segundos 45 minutos ainda teve uma boa oportunidade, mas Gamito esteve bem ao desviar o remate perigoso de Tamsir.

Com a conquista destes três pontos e a derrota do Moncorvo, o Vila Real alcança o segundo lugar na tabela e o próximo jogo é de extrema importância, uma vez que vai estar em discussão a permanência. As duas equipas estão em igualdade pontual na classificação e o jogo pode ser decisivo.

Uma última nota para a equipa de arbitragem que cometeu alguns erros, nomeadamente a nível técnico, mas acabou por não ter influência no resultado.

 

Ficha Técnica

 

Jogo disputado no Complexo Desportivo do Monte da Forca

Árbitro: Jorge Oliveira

Auxiliares: Hugo Mesquita e João Moreira

VILA REAL – Gamito, Filipe, Ernesto, Miguel, Norberto, André Lisboa, Luís Carlos, Nuno Meia (Conceição, 93’), Castanha (Leirós, 82’) Moura, Pedro (Bessa, 65’).

Suplentes não utilizados: Ivo, Nuno Fredy, Caniggia e Kalá.

Treinador: Carlos Manuel

LIXA – Cristiano I, Paulo Diogo, Tamsir, Daniel Dias, Cenoura, Domingos (Pimenta, 75’), Luciano, Cristiano II (Fabien, 57’), Ricardo (Luís Mendes, 87’), Filipe, Bragança.

Suplentes não utilizados: Luís Leal, Tó Jó e Nelinho.

Treinador: Rogério Leite

Ao intervalo: 1 – 0

Cartões Amarelos: Pedro (24’), Daniel Dias (41’), André Lisboa (53’).

Marcadores: Nuno Meia (41’), Moura (49’)

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