Sexta-feira, 13 de Dezembro de 2024
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Ainda o Presidente da Associação Nacional de Farmácias

Nos últimos tempos, o Senhor Presidente da Associação Nacional de Farmácias (ANF) tem vindo ciclicamente a terreiro com declarações e propostas, que pelo seu carácter demagógico e pela sua falta de consistência e de seriedade, têm como objectivo, claramente, conquistar tempo de antena e desviar as atenções do negócio dos medicamentos, em que o referido senhor e a sua ANF são peritos. Nesta matéria é necessário, desde já, colocar as coisas como elas são, sem sofismas e com rigor e verdade: o lucrativo negócio da venda de medicamentos extra-hospitalares sujeitos a receita médica é exclusivo das farmácias e dos seus proprietários.

Trata-se de um negócio que é protegido pela legislação vigente, não obedecendo às regras do mercado como outros negócios de porta aberta que se sujeitam às normais leis da concorrência. Os farmacêuticos, proprietários e directores técnicos das chamadas farmácias de oficina, tiveram noutros tempos uma importante função na preparação e manipulação de agentes terapêuticos dos mais diversos, que foram progressivamente perdendo e que actualmente já não se pratica. Hoje, as farmácias são meros entrepostos de venda de medicamentos e de produtos para a estética. A ANF é uma organização comercial que movimenta milhões e o seu Presidente é um gestor, com certeza de mérito, mas que persegue unicamente a rentabilidade e o lucro dos seus

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