A vaga de incêndios continua a flagelar as florestas e áreas de mato do distrito de Vila Real. A serra do Alvão foi uma das zonas mais atingidas. Devido ao aumento da temperatura, as ignições subiram em flecha. Num só dia, no terreno, 18 corporações e mais de 150 homens, além dos meios aéreos, andaram envolvidos no combate às chamas. Este fogo teve início na quinta-feira, em Alvadia (Ribeira de Pena), mas acabou por se estender por toda a serra, chegando até Lamas de Olo, Bobal e Dornelas. Se numa primeira fase, consumiu vegetação rasteira, mais tarde destruiu alguma floresta e zonas de pastoreio.
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Uma fonte dos bombeiros garantiu, ao Nosso Jornal, que mais de 2 mil hectares foram consumidos pelo fogo, que só durante a noite de sábado foi considerado como controlado.
No distrito vila-realense, houve incêndios de relevo em Boticas, Borralha, Valpaços, Montalegre, Covas, Lagobom e Cabanes, estes últimos no concelho de Vila Pouca de Aguiar, Fontes (Santa Marta de Penaguião) e Benagouro (Vila Real). Em Covas foi parcialmente destruída uma das melhores manchas de pinheiro. As causas para estes incêndios não estão apuradas, mas tudo aponta para mão humana.
Segundo a ANPC, em apenas seis dias deflagraram mais de dois mil incêndios florestais em Portugal continental. A estatística refere que entre 1 e 6 de Agosto se registaram 2158 incêndios, tendo a sexta-feira sido o dia em que deflagrou o maior número de fogos da última semana, 433. Os dados da Autoridade Florestal Nacional, divulgados esta semana, referem que o mês de Julho registou 5308 ocorrências, valor superior à média do decénio. Os mesmos dados indicam ainda que, entre Janeiro e Julho, arderam 19 346 hectares e registaram-se 8753 ocorrências.
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