Segunda-feira, 9 de Dezembro de 2024
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Apelo ao Voto

Sei que com um título como este, o que muitos dos nossos leitores rapidamente pressentirão será que o desiderato deste nosso texto será o apelo ao voto no meu Partido de sempre: o Partido Socialista. 

Estão, no entanto, enganados! Sendo natural que esperemos, acreditemos e emprestemos o contributo na medida da nossa disponibilidade para que o Partido Socialista saia vencedor das próximas Eleições para o Parlamento Europeu, a realidade é que aquilo que esperamos é que os Portugueses simplesmente votem.

Ao longo das últimas semanas temos assistido a um pouco de todo o tipo de casos/questões políticas de âmbito nacional que, pese embora a importância da maioria delas, contendem de forma clara com a importância e a dignidade das Eleições para o Parlamento Europeu que se realizarão no próximo dia 26 de Maio.

É precisamente em resultado dessa importância que escolhemos como tema desta prosa o apelo ao Voto. Não um voto partidário, um voto contra ou um voto de protesto mas, um voto esclarecido e, acima de tudo, ciente da importância que a Europa teve, têm e terá para Portugal na sua globalidade e para Trás-os-Montes e Alto Douro muito em particular.

Desde 12 de Junho de 1985, data em que Portugal formalizou a assinatura do Tratado de Adesão à Comunidade Económica Europeia, o nosso país tem feito parte integrante do Projecto Europeu. Constituindo desse facto talvez os seus maiores exemplos, a aprovação em da denominada Estratégia de Lisboa (2000), uma verdadeira agenda de desenvolvimento estratégico para a União Europeia e a eleição de Durão Barroso para a presidência da Comissão Europeia (2004).

Mas se para Portugal na sua globalidade a Europa nestes 34 anos foi relevante, para Trás-os-Montes foi fulcral. Sem os fundos europeus, a nossa região não teria conseguido diminuir o profundo fosso que há cerca de três décadas tinha relativamente ao Litoral.

Olhemos ao nosso redor e contemos quantas escolas, hospitais, centros de saúde, equipamentos de uso colectivo (teatros, pavilhões, piscinas, parques urbanos, etc.), redes viárias ou redes de infraestruturas essenciais (água, saneamento e electricidade por exemplo) não foram construídos nos nossos territórios com recurso a financiamento comunitário. Facilmente chegaremos à conclusão que serão exíguas as excepções.

Pensemos, por outro lado, no quão fácil é hoje deslocarmo-nos a qualquer país da Europa, sem filas fronteiriças ou alfandegárias e, acima de tudo, sem a necessidade de desencadearmos para o efeito qualquer tipo de procedimento administrativo.

Debrucemo-nos também sobre os milhares de jovens portugueses que através do Programa Erasmus conseguiram estudar no estrangeiro e, dessa forma, trazer para o país um pouco de outras culturas e conhecimentos laborais.

Atentemos por último na grande quantidade dos nossos produtos endógenos (vinho, azeite e castanha por exemplo) que hoje exportamos com grande facilidade, ajudando assim a economia regional e nacional.

Reside como tal no supra exposto (e em tudo o que não foi possível incluir num texto tão curto) o motivo para este Apelo ao Voto que hoje faço para todos os nossos Leitores: Votem! 

Ainda que transpareça exactamente o contrário, estas Eleições Europeias, quando em muitos países europeus os extremismos parecem ganhar uma galopante e desmesurada importância eleitoral, quando outros países parecem querer ponderar a sua presença na União Europeia, é tempo de Portugal dizer presente. 

Por isso saiam das vossas casas no próximo dia 26 de Maio e, independentemente do vosso sentido de voto: Votem! 

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