Os oito novos investigadores do AquaValor – Centro de Valorização e Transferência de Tecnologia da Água já estão a trabalhar com estratégias bem definidas, de captar visitantes e fixar pessoas no Alto Tâmega.
A funcionar em Chaves, os novos funcionários foram recebidos na sede da Comunidade Intermunicipal do Alto Tâmega e mostram-se “felizes” com este desafio, de dinamizar esta região.
Catarina Milho, investigadora natural do Barreiro, mudou-se “de armas e bagagens” para a cidade de Chaves. “Quando a professora Maria José me explicou o que ia ser o projeto fiquei muito entusiasmada e queria mesmo ficar com a posição. Depois quando vi que tinha ficado, fiquei mesmo contente”, referiu a doutorada em Engenharia Química e Biológica, adiantando que todos os envolvidos se mostram muito interessados que o projeto vá para a frente e que seja de longa duração. “Querem que sirva de alavanca para trazer mais pessoas à região e mais pessoas com qualificações elevadas. Vamos ter muito trabalho pela frente, mas acho que temos tudo o que é preciso para correr bem”.
De Mogadouro veio Rafaela Guimarães, que também está entusiasmada com o novo projeto. “É preciso criar estratégias para trazer pessoas para a região e para além de trazer, fixá-las. E quem vem, querer voltar. E o AquaValor vai ser muito importante nisso, bem como nas parcerias que se podem criar em projetos futuros”.
Acrescentou ainda que um dos objetivos é que seja reconhecido como Território da Água e do Bem-estar, por isso “nós queremos começar a mudar mentalidades”. Por exemplo, não se deve ir apenas às termas quando se está doente. “As pessoas têm de também olhar para estes tratamentos como uma prevenção e melhoria da qualidade de vida”.
Para que o trabalho funcione, a investigadora frisa que “vai ser necessário a cooperação entre várias entidades, mas o grande objetivo é sermos reconhecidos a nível nacional e internacional”.
OUTRAS PRIORIDADES
A associação tem em mãos vários projetos, onde se inclui as obras que visam criar infraestruturas para instalar os diferentes laboratórios, nomeadamente o Laboratório de caraterização físico-química e microbiológica de águas minerais naturais devidamente acreditado, do Laboratório de bioensaios de águas minerais, do Laboratório de desenvolvimento de cosméticos e cosmecêuticos e o Laboratório de desenvolvimento de alimentos funcionais e nutracêuticos que “permitirão gerar, transferir, integrar e valorizar conhecimentos científicos e tecnológicos nas empresas.
As intervenções devem estar concluídas no final deste mês. A atividade do AquaValor já está em curso no domínio de diversas candidaturas e conta-se que, até final do ano, a instituição comece a prestar serviços às empresas. Nas instalações do AquaValor funcionam ainda os Cursos Técnicos Superiores Profissionais (CTeSP) do IPB. Para o ano letivo 2020/2021, as candidaturas encontram-se abertas.
O diretor executivo do AquaValor, Ramiro Gonçalves, destacou que o AquaValor “é sem sobra de dúvidas o projeto dos projetos, ou seja, aquele que maior poder transformacional poderá ter na região, alavancando a partir do conhecimento e da investigação, um dos setores mais identitários do Alto Tâmega”, sustentando que “estamos a dar os primeiros passos para o desenvolvimento de uma instituição que pretendemos que tenha reconhecimento nacional e internacional e que sirva de base à constituição de um cluster nesta temática”.