Num fim de semana marcado por jornada dupla que decidia o Campeonato Regional de Cadetes Femininas (sub-16), a equipa do BCVR/Quinta do Paço sagrou-se campeã regional do escalão, depois de alcançar duas vitórias, diante da Diogo Cão (51-46) e CTM de Vila Pouca de Aguiar (45-36). O primeiro jogo decorreu no sábado. Com muitas dificuldades e uma partida disputada até ao último segundo, as lobas conseguiram garantir a vantagem pontual que lhes assegurava uma posição confortável para conquistar o título. No segundo encontro, disputado no feriado do dia 8, as vila-realenses viajaram até Vila Pouca de Aguiar e mantiveram a vantagem conquistada no jogo em casa. Um título merecido para a equipa que revelou maiores argumentos ao longo da prova e que conta por vitórias todos os jogos conquistados, apesar da quebra registada desde o final do Torneio de Abertura.
Para a história fica aqui o registo das campeãs: Ana Cunha, Marta Real, Cláudia Rocha, Beatriz Santos, Mafalda Minhava, Beatriz Andreso, Teresa Rodrigues, Raquel Fonseca, Sara Gama, Inês Pimentel, Leonor Rodrigues, Mara Correia e Joana Gomes. Treinadores: António Cortinhas e Mafalda Queirós.
Com os olhos postos na Taça Nacional, as jovens lobas de 16 anos treinam três vezes por semana com intuito de vencer as suas principais rivais: a Diogo Cão e o CTM de Vila Pouca de Aguiar. No palmarés já foram campeãs regionais de iniciadas e este ano voltaram a saborear o gosto da vitória.
Segundo o treinador, António Cortinhas, que acompanha estas miúdas há quatro épocas, a equipa vale pelo seu todo, no entanto, há três atletas que superam a média: a Sara Gama, a Rita Cunha e a Xana. “São as que marcam mais pontos, mas todas são excelentes jogadores e estamos felizes com este grupo, que é já uma família”.
Treinar raparigas não é problema para o técnico, pois, apesar de serem mais faladoras, têm uma vertente curiosa de serem “muito mais unidas”, sendo mais fácil fazer a coordenação do trabalho do que no setor masculino, onde também já treinou. Mas quando estão zangadas, são “mais complicadas que os rapazes” e também se zangam mais vezes.
Sobre as condições de treino, as críticas chegaram pela voz de Pedro Minhava, o diretor técnico que acompanha sempre a equipa já lá vão quatro anos. Parece que o Pavilhão dos Desportos veio colmatar algumas carências a nível de infraestruturas, mas, como é utilizado por muitos clubes, “Vila Real ainda não tem estruturas suficientes sobretudo para modalidades jogadas dentro de pavilhões”. “Este espaço em que estamos a trabalhar hoje é uma espécie de sala maior um bocadinho. Ainda por cima, o facto de só treinarmos uma hora no Pavilhão dos Desportos, limita a nossa preparação para os jogos disputados em casa”.
Relativamente aos apoios, em altura de crise são sempre mais difíceis de encontrar, no entanto os pais e as próprias atletas contribuem para a sustentabilidade da equipa e do clube. As receitas vêm dos patrocínios e das quotas dos sócios, que são cerca 250. A sobrevivência desta modalidade depende muito do engenho e da capacidade do BCVR de captar investimento privado, que tem ajudado muito o clube, já que a logística é enorme para um total de 160 atletas distribuídos por dez equipas.