Segunda-feira, 9 de Dezembro de 2024
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As reformas e pensões em tempo de crise

Os últimos relatórios da OCDE apontam para dois graves problemas decorrentes da crise mundial. De certa forma, estão entrelaçados no mesmo cenário sombrio. Um, diz respeito à ameaça que paira sobre os sistemas de pensões e reformas, cujos fundos foram afectados, fortemente, pelas perdas nos mercados financeiros. Na Irlanda, a quebra foi superior a 37% e nos Estados-Unidos, em 2008, chegou a 26%. Isto quer dizer que se não houver uma reversão desse quadro, o rendimento auferido tende a ser inferior aos compromissos a pagar aos pensionistas e reformados. Os desequilíbrios redundarão, a médio prazo, caso persistam, no desmoronamento do sistema.

Para agravar a situação, há ainda o segundo problema, resultante da recessão profunda que atingiu a economia mundial. A redução da actividade económica gerou, como era inevitável, o aumento na taxa de desemprego. No ano passado, chegou a 6,8%, que correspondia, nos 30 países que integram a OCDE, a 37 milhões de pessoas sem trabalho, mas em Abril deste ano o percentual já atingiu 7,8% e as perspectivas são de que em 2010 ultrapasse os 10%. Caso isso aconteça, haverá 57 milhões de trabalhadores parados. Ora, a contracção no emprego reflecte-se em cheio no sistema previdenciário: por um lado, diminuem as receitas das contribuições dos trabalhadores e das entidades patronais; e, por outro, os reajustes

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