Esta Associação tem como vocação aproveitar restos de materiais, objectos, conchas de marisco, troncos de videira, e até legumes para fazerem autênticas obras de arte, cuja venda reverte a favor de crianças africanas.
Esta missão de bem-fazer conta também com a colaboração do padre João Nascimento, missionário da Ordem de Nossa Senhora da Consolata, que está em Maputo, Moçambique. Este sacerdote administra as receitas oriundas da venda das peças de artesanato, para comprar equipamentos e principalmente medicamentos.
A nível logístico, a junta de freguesia local cedeu-lhes um espaço no seu edifício onde, semanalmente, Lurdes Pratas, 49 anos, Adelaide Ferreira, de 44, e Olívia Serra, de 49 anos, dão azo à sua imaginação e fazem belas peças artesanais.
Nos seus trabalhos encontramos de tudo, desde cascas de ovos, de laranjas, abóboras, raízes e troncos, garrafas de plástico, pevides, tudo isto é utilizado para construir as suas peças, nomeadamente, presépios e adornos para o lar e escritório.
O valor angariado com a receita destas peças é utilizado para comprar medicamentos e alimentos para as crianças necessitadas da zona de Maputo, e agora também da Costa do Marfim.
“Este trabalho vem da nossa alma”, diz Lurdes Pratas. “Já estamos a trabalhar há 2 anos, mas só agora começamos a ir a feiras e a expor os nossos trabalhos”. “As pessoas recebem e apreciam muito o que fazemos, na Feira dos Sabores de Chaves vendemos quase tudo o que levámos”, referiu Olívia Serra.
Adelaide Ferreira aproveitou para deixar um apelo. “Gostávamos de ter um espaço próprio, onde, para além de produzirmos as peças, pudéssemos tê-las expostas para venda”.
As mentoras deste projecto social descrevem-no como sendo “uma iniciativa de comunhão de amor pela natureza e pelos mais necessitados”. Além de instalações próprias, para o futuro, um outro desejo passa pela instalação em Loivos de uma instituição para apoiar idosos.