Benjamim Rodrigues referiu que as negociações em curso resultam de uma reunião pedida pelo município depois de uma abordagem dos CTT. “Quem fez a abordagem foram os CTT, que solicitou melhorias nas instalações. Nós pedimos uma reunião no sentido de também auscultar a possibilidade de eles poderem pensar no nosso concelho como um dos concelhos que ficariam sem esse serviço”, explicou.
O autarca afirmou que tem agora garantias de que os Correios “não irão encerrar”, sublinhando que estão em curso negociações com a empresa postal “para um outro local de funcionamento, talvez com um armazém que lhes permita ter outra capacidade de funcionamento e de distribuição”.
A estação dos CTT funciona num edifício junto à câmara municipal e, segundo Benjamim Rodrigues, a empresa precisa de mais espaço, nomeadamente para a distribuição.
“Temos armazéns para disponibilizar. Quando será a mudança, só depende dos CTT. Nós estamos disponíveis desde o momento em que conversámos, que foi no final do ano passado, para ceder um espaço”, salientou.
O presidente da câmara do distrito de Bragança ressalvou que a cedência de instalações municipais à empresa não configura uma solução idêntica às parcerias que estão a ser feitas noutros concelhos onde encerraram as estações dos Correios, nomeadamente no concelho vizinho de Vila Flor.
“Não é o nosso caso porque é deslocar as instalações existentes para outras com mais capacidade”, vincou.
As declarações do autarca ocorreram no dia em que a Comunidade Intermunicipal Terras de Trás-os-Montes, da qual faz parte Macedo de Cavaleiros, tomou uma posição pública a reclamar a manutenção de uma estação de Correios em cada concelho e a criticar o regulador por reagir tardiamente aos encerramentos que estão a ser feitos pelos CTT.