O presidente da Câmara de Vila Real, Rui Santos, disse hoje à agência Lusa que a ANAC deu um parecer positivo ao projeto e adiantou que, “ainda esta semana”, deve ser lançado o concurso público “para que a pista possa ser o mais depressa possível arranjada”.
“E para que os aviões de asa fixa possam ali aterrar e levantar com toda a segurança”, acrescentou.
Em julho de 2019, o município anunciou o encerramento do aeródromo municipal “por tempo indeterminado” à operação de aviões, depois de ter sido detetado “um perigo de abatimento na pista”.
Rui Santos explicou que se trata de “um concurso público com caráter de urgência, que não necessitará de ir a Tribunal de Contas”, e disse esperar que “a obra esteja concluída até ao verão”.
“Temos esperança que, nos próximos dois meses, isto possa estar definitivamente resolvido”, frisou.
Rui Santos adiantou ainda que o concurso público deve ser lançado por um “preço base de aproximadamente 600 mil euros”.
Em consequência do encerramento da pista aos aviões, já que os helicópteros continuam a poder aterrar, Vila Real deixou de ser paragem na carreira aérea que liga Bragança a Portimão (Faro), com passagem ainda em Viseu e Cascais (Lisboa), e os dois aviões médios anfíbios que ali estavam aparcados, no período crítico de incêndios, foram reposicionados, ficando posicionados localmente helicópteros.
Na revisão do orçamento de 2020 e das grandes opções do plano, foram inscritos 370 mil euros para o arranjo da pista do aeródromo.
No entanto, a intervenção vai ser maior do que a que inicialmente estava prevista, implicando também um investimento maior.
“Esta obra é importante, urgente, foi um imprevisto, nunca nos tinha passado pela cabeça a necessidade de reformular a pista, quem olha para ela não dá conta, mas de facto o solo, a camada interior da pista está descalça, os materiais arenosos foram desaparecendo e, sendo um imprevisto, foi muito difícil encontrar uma solução”, afirmou.
O município vai enviar para visto do Tribunal de Contas e posterior consignação o centro municipal de Proteção Civil, a construir na zona do aeródromo, uma obra que inclui o hangar de entrada e saída de passageiros e toda infraestrutura de apoio à própria pista.
Este empreendimento representa um investimento de cerca 2,2 milhões de milhões de euros.
Neste espaço irá também ficar instalada a sede do Comando Regional do Norte da Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil.