Alfredo Mota

Estamos no Natal, época em que somos dados à exaltação dos mais nobres sentimentos do ser humano: Amor, Amizade, Tolerância, Solidariedade, etc. O Amor e a Amizade estão muito próximos e por vezes até se confundem. O poeta escreveu:

Se o 25 de Abril foi o dia da libertação de Portugal da ditadura de direita, o 25 de Novembro libertou o povo português da tentativa de instauração de uma ditadura da esquerda comunista e revolucionária (“compagnons de route”). Comemorar o 25 de Novembro é, pois, comemorar a democracia tal como a temos hoje.

Nunca pertenci a nenhum partido político, o que não quer dizer que a política não me interesse e que não tenha as minhas simpatias e as minhas preferências. É justo reconhecer que a política e os políticos são essenciais para vivermos num estado organizado.

Harold Bloom, americano, professor da Universidade de Yale e membro da Academia Americana de Artes e Letras publicou recentemente um livro intitulado “Génio” sobre os 100 autores mais criativos da história da literatura, já falecidos.

A Medicina e os temas médicos são hoje recorrentes nos meios de comunicação social.

O tema de hoje é ciclicamente abordado na comunicação social e até, por vezes, objecto de sondagens, como ainda agora aconteceu.

Os meus netos perguntaram-me há dias: “Quantos anos tens avô?” Respondi-lhes: “Nasci antes da televisão, da pílula anticoncepcional, das lentes de contacto e das fotocopiadoras. Quando tinha a vossa idade (5 anos), não havia cartões de crédito, nem ar condicionado, nem micro-ondas, nem raios laser. Na escola havia disciplina e os professores e as pessoas mais velhas eram tratados com todo o respeito, por “Senhor” e “Senhora”. “Gay” significava pessoa contente, divertida, bem-disposta. Na universidade, nunca tínhamos ouvido falar de “Mc Donalds”, nem de “Pizza Hut” e acreditávamos que comida rápida era o que comíamos quando estávamos com pressa. Quando me licenciei, em 1972, não havia cassetes, nem vídeos, nem CDs, nem DVDs, nem fotos automáticas. Quando terminei a especialidade, em 1979, não havia calculadoras, nem computadores, nem telemóveis, nem internet! Então, que idade acham vocês que eu tenho?” “Hii…Avô tu já deves ter mais de 200 anos!”.

A televisão foi um dos grandes inventos do século passado. Como meio de comunicação social (CS) é o mais poderoso e o de maior impacto. A TV permite estar com o acontecimento em directo na hora: guerras, catástrofes, acidentes, atentados, manifestações, protestos, campanhas políticas, reuniões religiosas, eventos científicos, artísticos, desportivos etc., tudo isto é passível de ser visto ao minuto no mais recôndito lugar do planeta.

Não é fácil falar de arte até porque defini-la, entendê-la e apreciá-la só está ao alcance de muito poucos.

Aconselho vivamente, a leitura de dois livros que foram recentemente editados. “Este é o tempo”, de Adriano Moreira com Vítor Gonçalves, e “Não se encontra o que se procura”, de Miguel Sousa Tavares (MST).

Cumpriram-se no passado dia 17 de janeiro 20 anos sobre a morte de Miguel Torga. Relembro com muita saudade o poeta, o escritor, o médico, o transmontano, mas acima de tudo o velho Amigo. Conheci Torga em Coimbra, era eu ainda estudante. Mais tarde e após longos e frutuosos anos de convívio e amizade, fui eu já como médico urologista que lhe diagnostiquei a doença que o levou à morte.

Os atentados terroristas que, recentemente, ocorreram em Paris trouxeram para a ordem do dia a questão da liberdade de imprensa. Obviamente que as duas questões devem ser completamente separadas. Uma, o terrorismo, é inaceitável, nada o justifica e deve ser combatido com todos os meios possíveis.

Mais um ano passou e que dizer do mundo em que vivemos? A observação do mundo que nos rodeia e a reflexão sobre a evolução política, social, económica, cultural e científica, dos povos e dos países, leva-nos hoje a uma conclusão inevitável – estamos muito melhor, vive-se mais e melhor e no mundo global há mais justiça social, mais diálogo e mais paz.

Em 31/07/2014 escrevi neste jornal a minha última crónica, a nº 236. Entretanto, o jornal interrompeu a sua publicação e confesso que cheguei a temer o seu desaparecimento. Solicitado, via correio eletrónico, para dar o meu apoio à continuação deste projecto, de imediato, e sem qualquer condição o fiz, pois o valor e o interesse do jornal é por demais evidente.