Sexta-feira, 13 de Dezembro de 2024
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Botiquenses mais fortes

O Vidago Futebol Clube cometeu, esta época, um feito único no seu historial, ao concretizar um objectivo assumido no início da época, a subida ao Campeonato Nacional da III Divisão. É um feito de que não podem ficar dissociados o Presidente do clube, Rui Branco, todos os restantes dirigentes, o treinador Júlio Baptista e os […]

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O Vidago Futebol Clube cometeu, esta época, um feito único no seu historial, ao concretizar um objectivo assumido no início da época, a subida ao Campeonato Nacional da III Divisão. É um feito de que não podem ficar dissociados o Presidente do clube, Rui Branco, todos os restantes dirigentes, o treinador Júlio Baptista e os jogadores.

A esperança de conquistarem a “dobradinha” estava bem patente no espírito dos jogadores, mas tal não veio a acontecer.

Vamos ao jogo que teve uma excelente moldura humana a presenciá-lo que não deve ter dado o tempo por mal empregue.

Entrou melhor no jogo o Vidago que, ao minuto 3, viu João a descer pelo lado direito do seu ataque, para rematar fraco e à figura de Diogo. Após este lance, o encontro começou a ser disputado debaixo de um certo equilíbrio, com ambas as turmas a encaixarem-se bem uma na outra, com o esférico a rondar ambas as áreas, mas sem lances de grande perigo.

Só ao minuto 23 é que surgiu novo lance, digno de registo: Gonçalo desceu, pela direita do seu ataque, cruzou para a área, com Castelo a “pentear” o esférico que saiu rente ao poste esquerdo da baliza de Diogo.

A turma de Tozé Durão evidenciava algum receio, em relação ao adversário, pelas cautelas apresentadas, mas não descurava o ataque e, ao minuto 33, Luís, do lado esquerdo do seu ataque, arrancou um forte remate que o guardião Paulo Veríssimo sentiu inúmeras dificuldades em deter, com o esférico a sair pela linha de canto. Na marcação do mesmo, surgiu o tento inaugural, através de Ramon que contou, ainda, com a colaboração de um defensor do Vidago. A estratégia montada por Tozé Durão estava a resultar, em pleno. O intervalo não iria chegar sem que o Boticas tivesse mais um lance de registo, quando Ramon desceu pelo flanco esquerdo e entrou na área, para rematar ao lado da baliza de Paulo Veríssimo.

Na segunda metade, o Vidago entrou mais balanceado no ataque, começou a pressionar o último reduto do Boticas, mas Henrique, em bom plano, mostrava-se intransponível. Esta reacção dos vidaguenses foi sol de pouca dura, já que os botiquenses, ao minuto 60, por intermédio de Tozé Durão, falharam uma excelente oportunidade para alcançar o tento da tranquilidade. Valeram as pernas de um defensor vidaguense. Ao minuto 72, aconteceu um lance, dentro da área do Boticas, em que Braúlio surgiu estatelado. Pediu-se a marcação de uma grande penalidade, mas Arnaldo Araújo assim o não entendeu.

Aos 73 minutos, Jó, na marcação de um livre, obrigou Diogo a portentosa defesa, para, decorridos dois minutos, Ramon ultrapassar todos os adversários que lhe surgiram pela frente, para entrar na área e, só com Paulo Veríssimo pela frente, rematar ao lado. Ao minuto 78, o técnico Júlio Baptista arriscou o tudo por tudo, retirando Daniel e colocando em campo Gilberto, começando a actuar só com três defensores.

Ao minuto 82, o tento da igualdade esteve à vista. Castelo cruzou, do lado esquerdo do seu ataque, com João, em plena grande área, a obrigar Diogo a defesa de recurso, com o esférico a sair rente ao poste esquerdo. Ao minuto 85, Tozé Durão ganhou o esférico a Gonçalo, Márcio “apanhou-o”, entrou na área e rematou forte, com Paulo Veríssimo a sacudir o esférico, pela linha de canto. Na sua marcação, Ramon colocou o esférico na área e Rui, num belo golpe de cabeça, colocou o esférico no fundo da baliza. Aos 89 minutos, Ramon alcançou o terceiro tento, com um excelente “chapéu”.

Esta vitória foi um prémio para a equipa de Boticas que tudo fez para a merecer, enquanto que os de Vidago estranharam o terreno relvado, já que, em certas fases do encontro, nos pareciam demasiadamente cansados.

Do trio de arbitragem nada a dizer, a não ser que saíu dignificada.

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A Direcção da A. F. Vila Real convidou vários elementos da Comunicação Social para um almoço que decorreu no Hotel Miracorgo. Presentes os presidentes das colectividades finalistas e, ainda, o Presidente da Câmara Municipal de Chaves e um representante da Câmara Municipal de Boticas. Tudo decorreu em clima de excelente cordialidade.

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Antes do início do encontro, foi prestada uma singela homenagem ao treinador do Boticas, Tozé Durão, pelo excelente contributo dado, ao longo dos anos, ao futebol distrital.

 

M. Martins Fernandes

A. Magalhães

 

FICHA TÉNICA

 

Jogo no Complexo Desportivo do Monte da Forca, em Vila Real.

Árbitro: Arnaldo Araújo, da Régua.

Auxiliares: Alvaro Mesquita e José Vicente. 4º Árbitro: Francisco Pinto.

BOTICAS – Diogo; Zé Beça, Henrique, Shoio (Márcio, 65’) e Luís; Duarte (Rui, 70’), Júlio e Melão (Nuno, 82’); Malta, Tozé Durão e Ramon.

Suplentes não utilizados: Filipe, Filipe Caneca, Paulo e Alfredo.

Treinador: Tozé Durão. Capitão: Tozé Durão.

VIDAGO – Paulo Veríssimo; Gonçalo, Vitor Rodrigues (Bráulio, 63’), Castelo e Nacho; Jó, João e Teixeira; Bruno, Daniel (Gilberto, 78’) e Luís Jesus.

Treinador: Júlio Baptista. Capitão: Bruno.

Cartões amarelos: João (23’), Tozé Durão (75’) e Bruno (85’).

Ao intervalo: 1-0.

Marcadores: Ramon (33’ e 89’) e Rui (86’).

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