Com uma dívida assumida em 2007 na ordem dos 3,4 milhões de euros, Mondim de Basto estava impedido pela força da lei de a agravar. Acabou por suceder exactamente o inverso, e o executivo da altura encerrou o ano de 2008 com uma dívida acima dos 6 milhões de euros. Diz a lei, que nesta situação, ao município em causa sejam retidos 10 por cento do montante das transferências do Estado, até perfazer o valor do incumprimento, que neste caso são 3 milhões de euros.
Recentemente, o presidente assumiu já uma série de medidas com o propósito de reduzir a despesa, e desta forma conseguir o equilíbrio financeiro da autarquia. “Renegociamos contratos de prestação de serviços como seguros e comunicações, temos dado prioridade a pequenas obras por administração directa, denunciamos contratos com colaboradores avençados, diminuímos o quadro de pessoal ao não admitir nenhum novo trabalhador para o lugar dos que por motivos diversos abandonaram a autarquia, realizamos iniciativas culturais de baixo custo. No entanto, com este novo corte de 50 mil euros por mês, as medidas implementadas são claramente insuficientes”.
Relembramos que este executivo conseguiu recentemente aprovar um plano de saneamento financeiro, que permitirá à autarquia pagar as dívidas acumuladas ao longo dos últimos anos. Este plano de saneamento acarreta no entanto, um pesado encargo mensal durante os próximos 12 anos. Com este novo corte, fruto da má gestão do anterior executivo PSD, a autarquia ficará numa situação económica e financeira dramática, que impede claramente o actual executivo de executar algumas medidas com que se comprometeu.
O presidente da Câmara, preocupado face à relevância do corte anunciado, assume que irá tomar todas as iniciativas necessárias para corrigir esta situação.
O autarca apela aos vereadores, membros da assembleia, dirigentes associativos e comunidade em geral, um grande sentido de responsabilidade, para enfrentar os tempos difíceis que se aproximam.