Fazendo fortes críticas às políticas de educação do Governo de José Sócrates, o candidato do Partido Social Democrata (PSD) às eleições europeias, Paulo Rangel, frisou, em Vila Real, no dia 1, a importância de “devolver a paz e a estabilidade às escolas”.
“O PSD tem estado sempre do lado dos professores”, frisou o candidato que, no dia mundial da criança, aproveitou a sua visita à capital de distrito para falar sobre a educação, reunindo com o reitor da Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro (UTAD), com o Movimento Promova e com um grupo de professores da Escola Camilo Castelo Branco.
Relativamente à “luta justa” dos docentes, Paulo Rangel considerou que, tal como é reivindicado pelos professores, o regresso do equilíbrio ao ensino só será “possível mudando” as políticas governamentais, “quer acabando com a divisão entre professores titulares e não titulares e com as cotas (que valem para função pública mas não para um campo tão específico como é o da educação), quer mudando o estatuto do aluno, que hoje premeia a falta de assiduidade em vez de premiar a presença dos estudantes”.
Segundo Octávio Gonçalves, representante do Movimento Promova, o candidato respondeu de forma muito positiva ao compromisso que, elaborado ainda pelos movimentos ADEPE e MUP, tem sido entregue às várias forças políticas. “Em consequência da prolongada e tenaz resistência dos professores contra as políticas educativas deste Governo, foi emergindo um consenso natural entre todas as forças políticas da oposição acerca de rejeição das políticas em causa, tal é a inconsistência e a injustiça das mesmas”, revela o documento.
O candidato apontou ainda o dedo ao seu adversário político nas eleições europeias, Vital Moreira, que classificou como um “responsável moral” por um pacote de medidas para o ensino superior que levou ao atrofiamento das universidades portuguesas e, nomeadamente, da UTAD. “Foi–nos dado um panorama trágico da actuação do Ministério, da actuação da lei Gago-Vital”, sublinhou o mesmo responsável político.
No oitavo dia de campanha para as europeias, juntou-se a Paulo Rangel, Pedro Passos Coelho, ex-candidato à liderança do PSD e presidente da Mesa da Assembleia Municipal de Vila Real, que pediu ao candidato a deputado para apelar ao voto durante a sua campanha. “Sou presidente da Assembleia Municipal, Vila Real é politicamente o meu distrito e quis associar-me à campanha nacional do meu partido, justamente no meu distrito”, sublinhou Pedro Passos Coelho, mostrando-se confiante nas condições criadas pelo PSD nessas eleições.
“Espero que possamos ficar satisfeitos com a possibilidade de Junho até Setembro ou Outubro, quando se derem as legislativas, contagiar o país e explicar que não ganhámos apenas as eleições mais fáceis, que temos também condições para ganhar as mais difíceis”, explicou.
No final da visita, o candidato, que chegou com mais de uma hora de atraso à Avenida Carvalho Araújo, ainda teve tempo para uma visita relâmpago à Feira do Livro, mais exactamente a um stand onde se encontrava em lugar de destaque a sua mais recente obra, “O estado do Estado”.