Os carteiros aproveitaram a vinda do primeiro-ministro e secretário-geral do Partido Socialista (PS), António Costa, ao comício que decorreu, hoje, em Chaves para lhe entregar, em mãos, uma carta que resume as reivindicações dos funcionários dos CTT a nível nacional.
Segundo Samuel Vieira, dirigente do Sindicato Independente dos Correios, Telecomunicações, Transportes e Expresso de Portugal (SICTTEXPT), “esta carta reúne um conjunto de reivindicações, uma preocupação geral dos trabalhadores dos CTT e das organizações representativas dos mesmos, relativamente à falta de condições de trabalho e à falta de recursos humanos nesses mesmos locais de trabalho para cumprir um serviço público postal de qualidade”.
O dirigente acrescenta, ainda, que, “a uma só voz”, pretendem alertar António Costa para “o que se tem passado desde a privatização da empresa em 2013. Tem sido uma autêntica fraude ao país e um engano completo aos portugueses e às empresas portuguesas”, destaca Samuel Vieira.
Os dirigentes do SICTTEXPT e SITIC (Sindicato Independente dos Trabalhadores da Informação e Comunicações), só veem uma solução para o problema. “A única saída possível para isto é, efetivamente, o Estado reverter esta situação e voltar a gerir o capital da empresa, colocando-a ao serviço dos portugueses”.
Recorde-se que os carteiros dos CTT de Chaves se encontram em greve parcial, nas duas primeiras horas de trabalho, desde o dia 30 de agosto, protesto que pretendem continuar na próxima semana.