Quarta-feira, 11 de Dezembro de 2024
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Cavaco Silva defendeu o papel das empresas na luta contra o desemprego

O Presidente da República, Cavaco Silva, na visita a Vila Pouca de Aguiar abordou a questão do desemprego e pediu às empresas e autarquias para não “baixarem os braços”. O alto magistrado da Nação inaugurou a remodelação do Palacete Silva, antigos paços do concelho onde agora estão instalados os serviços técnicos e a Assembleia Municipal. Inaugurou ainda o novo Centro Tecnológico de Inovação da Transgranitos.

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Em Vila Pouca de Aguiar, Cavaco Silva, Cidadão Honorário desta vila, foi recebido com aplausos por uma multidão dirigindo-se depois ao Auditório Municipal. Aqui, o Presidente da Câmara Municipal, Domingos Dias, aproveitou a presença do Presidente para pedir incentivos e medidas de apoio para as empresas do concelho como “acontece em Espanha”, como forma de “manter e aumentar o emprego”. Falou dos vários investimentos municipais como forma de criar emprego e manifestou o desejo de concretizar alguns projectos importantes, nomeadamente o da Unicer do complexo turístico de Pedras Salgadas, criticando, ao mesmo tempo, a decisão do Governo na retirada de alguns serviços públicos do concelho. Em particular as alterações das Urgências no Centro de Saúde.

Cavaco Silva gostou das intenções e do plano de acção do executivo de Domingos Dias. “Fico satisfeito por saber que há essa orientação nos responsáveis autárquicos. Hoje é necessário dar atenção às empresas, apoiá-las na competitividade, para que elas criem empregos e, sobretudo, é preciso não baixar os braços”. O Presidente lançou um apelo para ninguém desistir. “As empresas devem estabelecer um diálogo com os trabalhadores para encontrar soluções no sentido de resistir à crise e garantir os empregos. Há que confiar acima de tudo na capacidade de gestão das empresas, no seu talento, não confiar tanto no favor que pode chegar do Estado. Não conheço praticamente nenhum exemplo de uma empresa de sucesso que conseguisse atingir essa situação através de uma ajuda do Estado”.

Na visita à Transgranitos, com sede em Telões, Vila Pouca de Aguiar, o Chefe de Estado salientou que ninguém pode ficar “indiferente” aos números do desemprego revelados na segunda-feira. Por isso, o Presidente da República fez questão de evidenciar o caso da Transgranitos, uma empresa que “tem sucesso, emprego e não está a pensar em reduzir o número de empregados”. Cavaco Silva considerou ainda a Transgranitos como “um bom exemplo de inovação na investigação para conseguir vencer num mercado de grande concorrência, com clientes muito exigentes”. “ Não é em todos os concelhos que encontramos uma pequena e média empresa, localizada no interior do país, que reconhece a importância da inovação e da investigação para conseguir triunfar no mercado global, onde comercializa as rochas ornamentais do concelho de Vila Pouca de Aguiar”.

A unidade de investigação e desenvolvimento da Transgranitos, criada em parceria com a Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro (UTAD), representa um investimento de 500 mil euros, financiado pelo Programa Sistema de Incentivos à Modernização Empresarial (SIME IDT). O novo centro inaugurado junta-se a um outro de transformação de mármores e calcários também em implementação que, no conjunto, envolvem um investimento de 2,5 milhões de euros. Em 2009 e 2010, a Transgranitos planeia investir 287 mil euros. A empresa possui quatro pedreiras e uma unidade transformadora, distribuídas pelos distritos de Vila Real, Guarda e Viseu, empregando directamente 63 pessoas. Entre as obras mais emblemáticas realizadas pela Transgranitos encontram-se: o Parlamento Europeu, em Bruxelas (Bélgica); o Estádio do Molde, na Noruega; a sede da seguradora Allianz, em Munique (Alemanha); ou o Hotel Continental, em Luanda. Em Portugal destacam-se, entre outros, o Instituto Politécnico de Bragança; o Centro Comercial Dolce Vita, no Porto; e o Center Station, em Viana do Castelo.

Em 2009, a Transgranitos planeia investir 1,8 milhões de euros, dos quais 1,35 milhões de euros em novo equipamento fabril e 450 mil euros no novo pavilhão de 1350 m2 para mármores e calcários, passando a dispor de uma área coberta de 5500 m2.

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