Em comunicado, a CCDR-Norte refere que os 32 “‘workshops’ temáticos Norte 2030” juntam este mês mais de 300 especialistas de vários setores, autarcas e representantes das entidades intermunicipais da região, dirigentes de instituições e serviços públicos regionais e nacionais, responsáveis das instituições de ensino superior, empresários e investidores.
“Estes ‘workshops’ temáticos têm o objetivo de elaborar referenciais estratégicos para o futuro da região Norte, apontando prioridades, projetos e intervenções e investimentos a considerar no próximo ciclo de fundos estruturais, designadamente no âmbito do novo programa operacional regional do Norte e dos programas operacionais temáticos geridos centralmente”, especifica a CCDR-Norte.
Em declarações à agência Lusa, o presidente da CCDR-Norte, António Cunha, disse hoje que, “com esta iniciativa, a região Norte antecipa-se nos trabalhos de preparação deste novo ciclo de fundos comunitários, contribuindo ativamente para que as opções se ajustem à sua realidade e potencial”, porque “um fato de pronto-a-vestir não serve ao Norte”.
“Acredito no valor desta auscultação dos principais atores da região, das entidades e das pessoas que estão no terreno e que vivem as realidades específicas de cada setor, dos investigadores e pensadores, bem como dos responsáveis por entidades públicas”, acrescentou António Cunha, para quem “o exercício de programação do novo pacote de fundos comunitários terá de ser participado para ser qualificado”.
Biodiversidade e a conservação da natureza, adaptação às alterações climáticas, ocupação do território e o desenvolvimento rural, sustentabilidade energética e transição para uma economia de baixo carbono, inclusão e o desenvolvimento social, demografia e as migrações, cultura, cidadania e os media, transição digital e modernização dos serviços públicos, descentralização, infraestruturas de apoio à competitividade, mobilidade sustentável, industrialização, inovação e economia circular são as temáticas a abordar no âmbito desta iniciativa.
O responsável considera ainda que “há neste conjunto temas emergentes que respondem aos novos desafios do Norte, de Portugal e da Europa, ligados ao ambiente, à energia e ao digital, mas há também questões persistentes que continuam a carecer de uma resposta”.