A eleição indireta do presidente CCDR-N, até agora nomeado pelo Governo, está agendada para terça-feira e tem um único candidato António Cunha, ex-reitor da Universidade do Minho.
Em comunicado, os membros das Assembleias Municipais do distrito, eleitos pelo CDS-PP, consideraram que esta “solução” não é mais que um “ato travestido com candidatos pré-escolhidos pelo bloco central, sem qualquer tipo de campanha informativa e com um profundo desdém pela liberdade da sociedade civil”.
“Esta iniciativa de PS e PSD é uma forma encapotada de implementar a regionalização administrativa do país, à revelia dos cidadãos, das instituições e dos preceitos constitucionais, sem que exista uma efetiva descentralização e autonomização das instituições de cariz regional, pois as competências, os meios e os recursos das CCDR mantêm-se”, salientaram.
Acrescentaram ainda que a vontade do “centrão” é proceder a uma “dança de cadeiras”, sob o “pretexto de uma nova proximidade inexistente e legitimada pelos autarcas, sem que ocorra uma verdadeira mudança de paradigma e, acima de tudo, sem que haja uma transferência real do poder de decisão”.
Perante este ato eleitoral “hermeticamente fechado com resultado pré-determinado”, os eleitos locais do CDS-PP anunciam que vão cumprir o seu “dever cívico de comparecer ao ato eleitoral”, mas abster-se-ão de votar, por se recusarem a compactuar com esta “farsa pseudodemocrática”.
Mais de 10.000 autarcas votam nas eleições indiretas de um presidente e um vice-presidente para cada uma das CCDR em 13 de outubro, entre as 16:00 e as 20:00.
Até agora os presidentes das cinco CCDR – Norte, Centro, Lisboa e Vale do Tejo, Alentejo e Algarve – eram nomeados pelo Governo.