Teresa Furriel Cruz, assessora distrital para a tuberculose, contou, ao Nosso Jornal, todo o trabalho que está a ser desenvolvido na unidade prisional, salientado a boa cooperação institucional.
“Nesta acção temos detectado muitas tuberculoses latentes. Há situações em que os indivíduos tiveram contacto com o bacilo, mas não têm a doença. Quando as pessoas vêm para o estabelecimento prisional, o rastreio da tuberculose é feito a todos, para além dos outros indivíduos que já se encontram na instituição, como os trabalhadores, os guardas prisionais que estão em contacto directo com os reclusos. Pelo menos uma vez por ano é repetido o estudo”.
A principal preocupação é informar e educar. Recentemente, houve uma sessão de esclarecimento efectuada por uma enfermeira do CDP. O CDP está sempre disponível para colaborar com quem necessitar dos seus serviços. “Há um apoio importante por parte dos meus superiores hierárquicos, nomeadamente, do coordenador que tem revelado uma sensibilidade enorme”, sublinha Teresa Furriel.
Entretanto o CDP de Vila Real vai avançar com novos testes de diagnóstico para a tuberculose, através de testes sanguíneos, IGA. “Conseguimos uma Bolsa da Gulbenkian que nos irá ajudar. Os testes ainda não estão implementados, mas a estrutura está montada e deve arrancar muito em breve”.
Também os utentes do ex-CAT das instituições “Homem” e “RAN” vem aqui fazer o rastreio da tuberculose e os infectados fazem tratamento controlado.
Teresa Furriel aproveitou para referir outra medida importante no âmbito de doenças transmissíveis. “Estamos a virar as atenções também para os toxicodependentes. Desde Março, que este serviço faz testes rápidos da SIDA. Caso sejam positivos, temos a confirmação pelo hospital no prazo de 24 horas e conseguimos que os doentes infectados sejam vistos no hospital de Vila Real no prazo de dois dias. Isto representa um bom trabalho de equipa”, salienta esta responsável.