Um operacional de queima está habilitado a preparar e executar operações de queima sob a supervisão de técnico credenciado em fogo controlado ou em fogo de supressão, ou em auxílio ao COS após autorização expressa da estrutura de comando da ANPC, registada na fita do tempo de cada ocorrência.
Segundo o técnico Responsável da AFRP – Associação Florestal de Ribeira de Pena, Artur Mota, tratou-se de uma queimada extensiva, com o principal objetivo de DFCI. Ou seja, “quebrar a continuidade da mancha florestal, para ser mais fácil o combate em caso de incêndio e evitar o que aconteceu em 2010”.
Relembrou que num só incêndio naquela mesma zona arderam cerca de 3000 hectares de floresta, afetando severamente uma das maiores manchas contínuas de Pinheiro Bravo (Pinus Pinaster) da Europa.
O mesmo responsável sublinhou que, do ponto de vista da cinegética, “não há qualquer impacto negativo, antes pelo contrário melhora o habitat, aumentando a disponibilidade de alimento, o que favorece o incremento do número de espécies. Para além disso, “ficaram muitas manchas para refúgio, protegendo os animais”.
Já no que concerne à apicultura e, uma vez que este ano a floração já estava a terminar, não se verificam consequências de maior. “Para o ano toda a área que agora tinha pinhal e vegetação velha, dará origem a urze e carqueja novas, com maior valor florístico, o que permitirá aumentar o número de colónias”.
Ao longo dos últimos anos, a AFRP integra, na sua oferta formativa, um leque de ações para diversos Agentes de Proteção Civil, formando corpos de Bombeiros (Voluntários, Profissionais e Municipais), Sapadores Florestais e elementos dos GIPS – Grupo de Intervenção de Proteção e Socorro, intervenientes na Prevenção e no Combate a Incêndios Rurais.
Esta iniciativa partiu da empresa Extreme Point em colaboração com a Entidade formadora AFRP – Associação Florestal de Ribeira de Pena, tendo o apoio do Município de Ribeira de Pena e dos Bombeiros Voluntários de Cerva.
Cerva recebeu Encontro de Operacionais de Queima
Cerva, concelho de Ribeira de Pena, recebeu o 1° Encontro de Operacionais de Queima, onde cerca de uma centena de Operacionais a nível nacional colocou à prova técnicas em Fogo Controlado no âmbito da gestão de combustíveis.
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