Apesar do contexto pandémico e das restrições impostas, a chuva tem sido o principal inimigo dos agricultores e produtores que rumaram à Feira das Cebolas de Vila Pouca de Aguiar.
Maria de Fátima Fernandes, 68 anos, natural de Loivos, em Chaves, marca presença na Feira desde criança, onde vinha com os Pais, de comboio. Esta é, para si, “uma feira especial”. Porém, “está a correr mal por causa da chuva. No ano passado, apesar da pandemia, vendeu-se bem. Desta vez, calhando a um sábado, esperava vender muito mais”.
A par do fraco negócio e da dificuldade em escoar produto, Maria de Fátima confessa, também, que está desiludida devido à “falta de tradição. Já há dois anos que não se fazem as habituais atividades, que chamavam muita gente”, como era exemplo o concurso para premiar a maior cebola.
Nádia Esteves, natural de Lamego, veio ajudar a mãe a escoar os produtos agrícolas, confessa que “para a chuva que tem caído, não está a ser mau. Mas, claro, esperávamos muito mais gente, sobretudo por ser um sábado”.
A jovem destaca que o preço da cebola “se tem mantido há já alguns anos”. Quanto à produção, “2021 está a ser um bom para a cebola. Há muita e de boa qualidade”, destaca.
A tradicional feira aguiarense é uma das mais importantes na região de Trás-os-Montes, além de conhecida um pouco por todo o país.