É importante referir que olhando para a nossa localização geográfica, estamos a pouco mais de uma hora dos aeroportos do Porto, Vigo e Santiago de Compostela e do porto de Leixões. Para além disto, as capitais ibéricas, Lisboa e Madrid, ficam sensivelmente à mesma distância, com acessos diretos em autoestrada.
Somos uma região dotada de infraestruturas, no entanto, também o poder central tem o dever e a obrigação de implementar políticas estruturais de apoio a uma região de interior do país como esta. Política, que incluam uma discriminação positiva da região e a igualdade no acesso à educação, à saúde e à justiça.
Cientes de que somos um pilar fundamental na qualificação e dinamização do tecido empresarial, na promoção do empreendedorismo, na inovação, na geração de valor, no estabelecimento de sinergias entre os vários agentes económicos em busca de proveitos comuns, urge o desenvolvimento de gabinetes de inovação e de apoio à consultoria e informação a novos investidores, pela constituição de uma verdadeira rede regional de apoio ao empreendedorismo e também pelo apoio e capacitação das empresas mais tradicionais ao nível do marketing e comunicação e da estratégia.
Naturalmente que estes propósitos só serão conseguidos com a união de todos os atores, com uma política de proximidade e de atração com a dinamização turística e com a natural capacitação dos vários agentes. Desta forma, reduzimos desigualdades e envolvemos os empresários de forma sustentável no desenvolvimento futuro da região.
Aproveitar a nossa situação geográfica, privilegiada tendo em vista possibilidades de promoção de relações transfronteiriças, e cientes da alta potencialidade a nível turístico da região, o caminho para atingir uma velocidade próxima da dos grandes centros irá surgir.
O interior não precisa de nenhuma discriminação positiva, necessita sim que lhe seja feita justiça e que se assuma o interior como uma área do país a desenvolver.
Se queremos igualdade, não podemos simplesmente obrigar regiões esquecidas nos últimos 50 anos a competir com as mesmas armas de outras regiões desenvolvidas também às custas dos impostos da gente do interior.