Reconhecido por muitos vila-realenses como um grupo que regularmente se tem apresentado em acontecimentos importantes de celebrações nas vertentes: religiosa, clássica, política e popular, o coral da nossa cidade foi uma aposta ganha durante os seus 16 anos de intensa atividade onde as suas prestações, dentro e fora do país, mereceram elogiosos aplausos.
O coro é formado, na sua maioria, por pessoas amadoras que gostam de cantar, e fazem-no com aquela paixão e acuidade musical como se a própria música fosse concebida para o enriquecimento dos sentimentos nobres que engrandecem a alma numa jubilosa afirmação de liberdade.
A música coral é sempre um grito de apelo à força do coletivo, mas também âncora de esperança, de luz e de vida… a voz é esse diapasão que vamos ouvindo em harmonia a cada momento no percurso das nossas vidas.
O Concerto de Páscoa teve na direção do coro, Alexandre Fraguito, como novo maestro que, ao longo da sua carreira musical, tem brilhado, como instrumentista/solista, diretor de coros, bandas filarmónicas, professor, formador… Foi, pois, uma acertada aposta a escolha deste maestro para me substituir na condução artística do Coral da Cidade de Vila Real.
A atuação do coro foi envolvente, de elevada qualidade artística, numa atuação com um significado muito particular, dado que o Coral da nossa cidade passou agora a seguir um novo caminho, um trilho de vitalidade com novas vivências emocionais.
Para quem gosta de cantar, a música vai sempre crescendo e o embrião desenvolve-se à medida do interesse pelos sons e o que eles representam na vida interior de cada um.
Parabéns a todos os coralistas que muito têm dado a Vila Real, com as suas vozes coloridas e congregadoras, deflagrando na beleza encantatória dos sons.
Este Concerto de Páscoa foi deveras enriquecido com a participação do Grupo Coral de S. Pedro e Grupo Tovya. Com vozes límpidas, vibrantes e aglutinadoras, as mensagens das canções foram valorizadas com um suporte instrumental bem afinado e de imaculada técnica… Quem os ouviu, só pode ter ficado impressionado.
A empatia e o fluxo anímico de todos os intérpretes para com o público, que lotou por completo a belíssima e inspiradora Igreja de S. Pedro, emocionou os corações de todos os presentes. O resultado final suplantou as expectativas.
As palmas transbordaram em registo voluntarioso e vibrante num concerto memorável que a cidade não vai nem deve esquecer.
O meu abraço caloroso de agradecimento a todos os coralistas pelo entusiasmo que sempre manifestaram para comigo, pela voz do canto que junto procurávamos que fosse o sentido eloquente da fusão de um prazer comum.