Sexta-feira, 13 de Dezembro de 2024
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Concurso para minas de Jales lançado até ao verão

O concurso para a concessão da prospeção e exploração das minas de ouro de Jales, há muito reivindicado pelo município, será lançado até ao verão. A informação foi adiantada pelo secretário de Estado da Energia, João Galamba, em Vila Pouca de Aguiar, no âmbito da inauguração da Unidade Autónoma de Gás Natural naquele concelho. 

 

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“Estamos a finalizar o processo de concurso, o qual estará pronto seguramente antes do verão”, referiu, acrescentando que estão a ser tomadas todas as medidas de segurança ambiental. 
“Sabemos que durante muitos anos as explorações mineiras causaram grandes danos ambientais, pelo que queremos garantir que os concursos que lançamos e as concessões que atribuímos tenham essa preocupação como prioridade”. 
A concessão da exploração e prospeção de ouro em Jales/Gralheira foi atribuída, em 2012, a uma empresa canadiana, Almada Minning, num consórcio com a Empresa de Desenvolvimento Mineiro (EDM). No entanto, em 2016, a Direção Geral de Energia e Geologia (DGEG) deu o contrato como “extinto por caducidade”, depois deste não ter cumprido com os prazos que estavam previstos. 
Desde então, Alberto Machado, presidente da autarquia de Vila Pouca de Aguiar, já reclamou a “urgência” da abertura do processo, reivindicando um concurso que “valorize os concorrentes que apresentem a instalação de unidades fabris desde a extração à produção de barras em ouro”. 
Com a promessa deixada por João Galamba, anunciando a abertura do concurso antes do verão, o autarca referiu tratar-se de uma boa notícia para o território, uma vez que é “um investimento que vai ajudar a criar postos de trabalho, não só no que diz respeito à mão de obra, mas também ao trabalho especializado, caso seja aprovada a transformação, como esperamos, até ao lingote”. 
Desta forma, Alberto Machado deixa bem claro que a instalação da transformação é que “gostaria de ver aprovada”, uma vez que considera que tornaria a concessão mais rentável e diminuiria os custos. 
De referir que no auge da sua exploração, onde chegaram a trabalhar mil pessoas, estas minas foram “o motor económico” de todo o território aguiarense, com 30 quilos de ouro a serem extraídos por mês. Em 1992, tudo terminou e estas minas foram as últimas explorações de ouro em Portugal.  

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