Rui Santos convocou os jornalistas para uma conferência de imprensa de última hora, tendo em conta o aumento de casos de Covid-19 no concelho, onde há, neste momento, 23 casos ativos.
Os casos mais recentes foram divulgados, no sábado, pelo Centro Hospitalar de Trás-os-Montes (CHTMAD), onde foram confirmados quatro casos de Covid-19, designadamente três profissionais e um utente, que, de acordo com aquela insituição, foram isolados de imediato, tendo todos os seus contactos sido sinalizados e foram realizados 145 testes a utentes e aos profissionais de saúde do serviço em causa.
Contudo, a demora dos resultados é “incompreensível” para Rui Santos.
“Julgo que ao fim de mais de 36 horas era expectável já termos todos os resultados, porque temos informação segura de que o centro hospitalar tem capacidade para em três, quatro horas fornecer todos esses testes e eu estou um pouco estupefacto por tal ainda não ter acontecido”, confessa, acrescentando que “é completamente incompreensível, e não me parece razoável, considerando que era importante verificar se, dessas 145 análises, há mais casos para que se pudesse seguir a linha de contágio na comunidade e se pudesse aferir a necessidade de agir e adotar medidas complementares”.
“O centro hospitalar teve um investimento muito grande nos últimos meses em equipamento ligado à Covid-19 e teve também no seu laboratório um grande investimento. Tenho a convicção de que tem neste momento capacidade para ter resultados na rua em três, quatro horas”, salientou, esclarecendo que se tratam de investimentos "na ordem do meio milhão de euros".
Para o presidente só há duas razões para a demora, "a primeira é de que o laboratório ainda não os tenha feito, a segunda, e que me parece mais pláusivel, é que não haja, ainda, amostras de todos aqueles que têm de ser testados".
Sobre o caso detetado na escola Diogo Cão, Rui Santos explicou que, como medida de prevenção, "os alunos da mesma turma foram contactados para procederem a isolamento profilático e também a sala do ATL frequentada por esse aluno será encerrada e os colegas contactados".
Quanto aos professores envolvidos, por apresentarem um risco inferior de contágio, "não verão a sua atividade afetada”.
"Pedimos às pessoas que respeitem todas as diretrizes da Direção-Geral de Saúde, não havendo razão para ter medo porque não temos ninguém nos cuidados intensivos, nem nenhum caso de alarme. É preciso, sim, ter algum respeito e pensar que não acontece só aos outros", finaliza o autarca.