O Director do Centro Distrital da Segurança Social de Vila Real, Rui Santos, põe o dedo na ferida nesta matéria e revelou ao Nosso Jornal, a complexidade do processo e a postura das famílias nesta área “Os casos são vários e temos muitas crianças para adopção. O grande problema é que a sociedade também quer e aqueles que se predispõem a ser pais muitas vezes adoptar crianças “XPTO”. Fazem um retrato robot e só querem adoptar sobretudo aquelas que tem poucos dias, poucos meses ou poucos anos. Não querem que tenham irmãos, não querem que tenham problemas de saúde”.
O responsável referenciou “o esforço” do organismo que dirige “no agir junto das instituições através de um Plano”. “Este permite e tem como objectivo que as instituições sejam apetrechadas de técnicos que trabalhem não só com as pessoas que neste momento estão lá mas que operem também com os seus familiares, propiciando quando tal é possível que mais rapidamente as crianças e os Jovens possam regressar às suas famílias” sublinhou.
Aliado a tudo isto e conforme se constata há por parte do Estado uma grande exigência para averiguar se as pessoas que se dispõem a adoptar são idóneas e têm condições para criar as crianças. Rui Santos, admitiu por tal que “um processo de adopção nem sempre é fácil. Contudo e como mesmo revelou, “no Distrito muitas crianças já foram adoptadas e os números estão acima da média nacional em termos percentuais no Distrito”, pois numa outra grandeza nacional “os valores serão obviamente residuais “
Também o Governador Civil do Distrito de Vila Real, Alexandre Chaves, não se mostrou insensível a esta matéria e salientou a importância das instituições de acolhimento no Distrito “O futuro destes jovens, passa em alguns casos pelo regresso às famílias e noutros casos pela adopção, já temos casos interessantes de adopção no nosso distrito e vários jovens são mesmo integrados na sociedade. Saliento as IPSS no desempenho desta nobre missão e tarefa de acolher, de integrar de fazer crescer e depois devolver à sociedade toda esta gente que foi excluída e que as sociedades modernas têm de saber acolher”.
De salientar que no mês passado, uma família de Vila Real, um casal de professores foi adoptar três crianças aos Açores, nomeadamente três irmãs. Embora no princípio a vontade fosse só numa, o certo é que e “para evitar a separação das irmãs” o casal resolveu trazer todas para a capital do Distrito.