Há um vocabulário político, próprio, aprendido pela repetição discursiva, como uma espécie de marca de origem ou distintivo de clube que se traz na lapela. À pobre da língua portuguesa já não lhe bastava a forma como é tratada diariamente, como tem que se haver com a maçadora colecção de lugares comuns que a nossa classe política inventou. E há palavrões que se dissimilam como uma epidemia. São exemplos desta moléstia, as seguintes expressões: “engenharia financeira”, “sobre a matéria”, “requalificar”, etc, etc. Contudo, nenhuma outra se compara com esta que ouvimos há décadas: “é preciso criar condições”.
Nunca como hoje, a palavra valeu tão pouco. Fala-se de mais e diz-se quase nada. O real valor
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