Segunda-feira, 9 de Dezembro de 2024
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Cuidado com os eleitos!

A limitação do número de mandatos para os eleitos gera efeitos particulares nos comportamentos tendentes dos mesmos. Analisando, por exemplo, o autarca em fim-de-ciclo (3º mandato), temos o seguinte comportamento. Dependente da vontade, cada vez mais acentuada, dos delfins e herdeiros políticos, vai ser um político que vai procurar deixar um legado considerado positivo. Para o efeito, não incorrerá em gastos exagerados e terá um exercício de gestão corrente. Tem uma grande desvantagem – a menos que consiga pactos estratégicos, será difícil mobilizar a população para uma adesão de massas aos projectos em espírito fin de siecle que suportará.

O autarca no segundo mandato apresenta uma grande vantagem e dois grandes inconvenientes. A grande vantagem reside no factor de experiência, resumida num conhecimento mais profundo dos dossiers, das equipas e do eleitorado. As grandes desvantagens residem em duas dimensões: super-responsabilização e desgaste eleitoral. Serão autarcas sobre os quais a população pedirá muitas responsabilidades, acima inclusive das naturalmente e justamente exigíveis. Para o efeito concorre um desgaste da sua imagem que se acentuará dia-a-dia junto da população. Os empregos públicos, o investimento público e o respeito pelos eleitores que, não tendo aparecido no primeiro mandato foram então tolerados, não o serão agora. Os eleitores seguem uma racionalidade muito básica – à primeira, todos caem; à

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