Pelo impacto que o contrato programa (CP) do Popó teve no concelho, este comunicado foi lido por milhares de pessoas e presumivelmente (de certeza) pelos políticos da autarquia, verdadeiros “profissionais” na utilização do Facebook.
No dia 2 de maio neste mesmo jornal, publiquei um artigo, onde num determinado contexto, coloquei a seguinte questão: “Sr. Presidente, o outro clube é aquele que sob sua proposta, a CMVR atribuiu um subsídio de 15 000€ para o Popó e, em 2 de abril, a “geringonça” disse, em comunicado, que procedeu à devolução do mesmo? Sr. Presidente, face às constantes inverdades financeiras desta coligação, demonstre-o.”
Face ao incómodo da situação a CMVR preferiu permanecer em silêncio.
Como suspeitava e não foi surpresa para mim, no dia 15/7 através de um documento da CMVR, (guia de receita), verifico que o SCVR só devolveu o “subsídio” à câmara em 2 de maio, trinta dias depois da data que afirmaram (2/de abril), confirmando a sabedoria popular, “apanha-se mais depressa um mentiroso que um coxo”.
Face às constantes ilegalidades e mentiras, esta geringonça, sem quórum, ainda acha ter condições para continuar? E o que é que os munícipes pensam do comportamento complacente, promíscuo e ilegal da CMVR neste processo? Atribuíram e pagaram um subsídio sem documento de despesa, sem estar visado pelos serviços técnicos municipais… pudera o documento nunca existiu…
Sr. Presidente da CMVR, a arrogância em política costuma ser o princípio do fim… No dia 12 de abril, deu uma conferência de imprensa, onde abordou a queda da grua no campo do Calvário, responsabilizando a seguradora detentora da apólice da seguinte forma: “Apelo aos vila-realenses e ao País em geral, tenham cuidado com esta companhia de seguros, Seguros Crédito Agrícola”. Diz o povo que “quem semeia ventos colhe tempestades” e a proprietária da seguradora, um bom patrocinador das “Corridas” nos anos anteriores, nestas últimas não marcou presença nos rails do circuito, com a sua publicidade.
Sr. Presidente, lamento também a sua intervenção na Assembleia Municipal sobre o Presidente de Junta de Parada de Cunhos, pois acrescento à sua arrogância política, o seu despotismo, a sua discriminação política e a sua insensibilidade humana, até censurada de forma gestual pelo Sr. P.M.A.M e não seja demagogo, pois quem tem a faca e o queijo na mão e tem cortado como quer, é V. Exª… Aprovar mais de 110 CP em menos seis anos, e nenhum para Parada de Cunhos é pura discriminação… a não ser para V. Exª e seus súbditos.
Sabe, eu sou do tempo em que o que éramos era medido pelo que fazíamos. Hoje, o que “somos” é medido pelo “espetáculo” que fazemos de nós próprios…, terminando com uma frase com bastante significado na atualidade política, “há quem tenha medo, que o medo acabe…”