Trinta anos antes, também em abril, Dom António (que nascera em São Martinho de Milhundos / Penafiel, em 1906), tinha sido exilado, situação que o manteve fora da sua Diocese durante dez anos.
“Não é o exílio que custa, o que custa é ser bispo”
Reduzir a atividade deste bispo do Porto a uma carta que endereçou a Oliveira Salazar, a 13 de julho de 1958 (a qual esteve na base da sua saída forçada do país) será muito redutor em relação a um bispo que esteve no Concílio Vaticano II, que publicou obras literárias de grande fôlego, denunciou a pobreza e a ignorância, opôs-se às injustiças e ao totalitarismo. Daí a razão deste trabalho nas vésperas do “Dia da Liberdade” (quando, afinal, a guerra a contraria), para dar eco à frase que D. Júlio Tavares Rebimbas proferiu nas exéquias da Sé Catedral do Porto, no dia do funeral do bispo que se revelara lutador e incómodo: “D. António permanecerá referência da liberdade”.
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