Para a 2ª fase, a UTAD disponibilizará ainda 100 vagas, significando o melhor resultado de sempre na história da academia transmontana.
Como dizia recentemente o Reitor da UTAD “… a UTAD consolida a sua trajetória de crescimento, afirmando-se como uma escolha sólida e de confiança”.
Está, pois, de parabéns a UTAD: a equipa reitoral, os dirigentes, os professores, funcionários e os estudantes!
Aos decisores políticos locais está instituída a missão de tudo fazer para criar condições e ajudar os que chegam de novo, a enraizar os que já cá estão há alguns anos, e criar condições e oportunidades de trabalho para os que terminam o seu percurso académico em Vila Real.
E não! Não é com “palmadinhas nas costas” e com aproveitamento político nas redes sociais quando saem os resultados das colocações no início do ano, que se materializa ou corporiza esse apoio.
Também não basta apoiar as festas académicas, com o subsídio-dependência!
O propósito devia ser o de repetir o fenómeno que aconteceu durante 20 anos, de 1990 até 2010, onde centenas de recém-licenciados, após concluírem os seus estudos, escolheram Vila Real para morar, para trabalhar e para construir a sua família.
Seria interessante, de entre tantos estudos que o município contrata, promover um estudo para perceber o motivo pelo qual os recém-licenciados não optam por ficar em Vila Real.
Falta de oportunidades? Falta de atrativos?
A verdade é que hoje a diferença entre cidades como Viseu, Braga e até Bragança é cada vez maior, com desvantagem para Vila Real.
Há 30 anos, a diferença ou a distinção não era tão evidente.
Vila Real organiza bem as festas, eventos festivaleiros, corridas automóveis, mas não consegue, do ponto de vista económico e empresarial, ser atrativa.
O município podia, e devia, fazer mais por aqueles que chegam, os que cá estão, e os que queremos que permaneçam em Vila Real.
No resto do país, há autarquias, numa perspetiva de apoio aos estudantes, que escolheram a sua localidade para estudar, que os apoiam promovendo a cultura e a ciência na região.
Há autarquias que colaboram diretamente com as instituições universitárias, mediante, por exemplo, a atribuição de bolsas de estudo, prémios escolares e subsídios de estágios. Estes apoios são voltados para o acesso ao mercado de trabalho dos alunos que se formam nessas instituições universitárias.
Outro exemplo que algumas autarquias estão a implementar é a consignação de edifícios para uso de residências universitárias, procurando contribuir para a escassez de alojamento.
Por isso há concelhos que evoluem e progridem, e há outros que estagnam e deixam-se ficar para trás.
