Sábado, 7 de Dezembro de 2024
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Défice: O monstro contra-ataca

Nas últimas semanas, Portugal voltou a estar nas bocas do Mundo e não pelas melhores razões. Nos mercados internacionais já soou o sinal de alarme. Portugal, para conseguir colocar no mercado a sua dívida pública, tem já de pagar uma taxa de juro superior a 6 por cento. Ou seja, Portugal tem que pagar pelo dinheiro que pede emprestado ao exterior um custo que é, sensivelmente, o triplo do que tem que pagar a Alemanha.

Para agravar toda esta situação, foi publicado o relatório da execução orçamental para os primeiros oito meses do ano, cujos dados não são, objectivamente, nada optimistas. Muito pelo contrário. A despesa continua descontrolada, significativamente acima do previsto. Nem mesmo com a aplicação das medidas restritivas adicionais ao Plano de Estabilidade e Crescimento (PEC) o Governo se mostrou capaz de, ao longo de oito meses, fazer convergir o défice para possibilitar que se atinja a meta dos 7,3 por cento do Produto Interno Bruto (PIB) no final do ano. Derrapagem orçamental que implica que o país esteja cada vez mais dependente dos capitais estrangeiros, factor mais que suficiente para fazer aumentar ainda o preço do dinheiro.

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