Já há algum tempo, venho a referir dificuldades que este grupo tem e que continua a ter no Desporto Adaptado, nomeadamente no Basquetebol em Cadeira de Rodas.
Hoje, resolvi abordar uma das dificuldades que se deparam a estes atletas e familiares.
Para deslocações a jogos fora de Vila Pouca de Aguiar, este grupo utiliza como transporte uma carrinha, amavelmente cedida pela Câmara Municipal, somente com despesas do condutor da carrinha, suportadas por este grupo.
Infelizmente, esse veículo não é adaptado para este tipo de deficiência. Paraplégicos a utilizar uma carrinha normal é uma solução muito rudimentar, a serem carregados em peso, com a colaboração do condutor e de familiares dos próprios deficientes.
O CTM é a única equipa, das 11 equipas que participam no Campeonato Nacional, que não possui uma carrinha com condições mínimas exigidas para este tipo de transporte.
Atletas deficientes não têm condições mínimas, no acesso a transporte.
Para quê falar tanto em acessibilidades, se, na realidade, isso não é posto em prática? Entidades responsáveis deverão equacionar esta situação, pois que, quando se fala em “Desporto para todos” isso deverá ser acrescentado de “com condições para todos”.
Mais: para praticar esta modalidade desportiva é necessário que os atletas utilizem cadeiras especiais.
Onde são transportadas as referidas cadeiras?
Nos bancos da referida carrinha.
Se não fosse a colaboração de algumas pessoas e a boa vontade de outras, nada disto seria possível. Ou seja: o Desporto, na realidade, não é para todos!
Raul Machado