Muitos são os clubes de futebol que, nesta altura, pensam em desistir das competições. A falta de público nas bancadas faz com que não tenham receitas e fica difícil fazer face às despesas.
Depois, há a Covid-19 que já levou ao adiamento de alguns jogos nas distritais e há outros que poderão, também, não se realizar. No caso da AFVR, o campeonato arranca no próximo domingo, mas o jogo entre o Vilar de Perdizes e Salto já foi adiado, devido aos casos de Covid-19 confirmados nas útlimas horas, na freguesia de Salto.
Ter de fazer testes de despistagem à Covid-19 seria mais um balde de água fria para as contas destes clubes e, caso isso passe a ser obrigatório, muitos deles acabarão por não "resistir".
Nesse sentido, a VTM questionou Graça Freitas sobre o que está a ser pensado. A diretora-geral da saúde mostrou-se "solidária" com os clubes, "que sabemos que dependem das pessoas que vão ver os jogos para ter uma pequena receita que lhes permite ter alguma margem de manobra, e a questão dos testes aqui é muito importante".
Na conferência diária de apresentação dos casos nacionais, Garaça Freitas explicou que "ainda hoje haverá mais uma reunião com o secretário de Estado da Saúde e a Liga Portuguesa, com quem temos estado a articular, com a ajuda da Federação Portuguesa de Futebol, a realização de testes piloto para perceber como será a dinâmica do público nos estádios. Depois de uma avaliação a esses testes, temos de perceber também como é que o vírus se vai comportar nos próximos tempos, até porque vem aí o frio", refere, acrescentando que, apesar de estarem solidários com o futebol amador, "primeiro temos de pensar nas medidas de saúde pública, de forma equilibrada".
Graça Freitas chuta assim, para canto, o regresso do público ao futebol, assim como a possibilidade de comparticipar os testes de Covid-19 no desporto amador.