A redução do apoio monetário ao Juventude de Pedras Salgadas previsto num protocolo assinado entre UNICER e a colectividade do concelho de Vila Pouca de Aguiar, pode levar o clube a ter de fechar portas.
Na terra da exploração das afamadas águas minerais, a preocupação é extensiva à população e aos dirigentes. Até agora, a UNICER tem mantido uma comparticipação por época desportiva de 32 500 euros, verba considerada fundamental para a sobrevivência da colectividade. Este valor e segundo o presidente do clube, Jorge Barroso, “está a ser posto em causa após uma reunião mantida esta semana com pessoas próximas da administração da empresa”. “Ainda não pagaram a totalidade respeitante à época anterior e agora disseram-nos que querem reduzir o valor. Não entendo esta posição, quando a empresa está a patrocinar grandes clubes nacionais”.
Jorge Barroso admite que se a situação não se alterar, o Juventude de Pedras Salgadas “pode mesmo ter que fechar as portas”. Em causa está um terço do orçamento da instituição que ronda os 80 mil euros.
O protocolo em causa foi assinado há cerca de sete anos, entre o clube e o actual administrador da GALP, Ferreira de Oliveira, quando este ainda estava à frente da UNICER, vindo na sequência de outros já anteriormente firmados. A UNICER através de Joana Ribeiro, directora de Comunicação, não confirmou, nem desmentiu a redução da verba. “Nós vamos fazer uma nova proposta para mais de um ano e vamos manter contactos com o clube”. Quanto ao não pagamento da verba em falta da última época desportiva, Joana Ribeiro garantiu “que o montante estará disponível para a colectividade o mais breve possível”.
As preocupações deixadas pelo presidente do clube foram patentes numa Assembleia-geral realizada na última sexta-feira, onde a situação foi amplamente debatida.
O Juventude de Pedras Salgadas, com várias passagens pelo Nacional da III Divisão, movimenta cerca de uma centena de atletas e tem desenvolvido um trabalho meritório nos escalões mais jovens.