“Dentro de dias já poderá haver uma concretização, para já estamos em negociações”, explicou Paula Silva, a nova responsável pela Direcção Regional Cultura do Norte (DRCN), adiantando apenas que será escolhido “um edifício carismático”.
Em funções desde Dezembro, altura em que foi indigitada em substituição de Helena Gil, que desde 2005 desempenhava o cargo, a directora regional explicou que a anterior direcção estaria a negociar já um espaço que acabou por ser posto de lado porque, “apesar de melhor” que as actuais instalações, não é o mais adequado.
Considerando que o melhor seria ter a sede da DRCN instalada num edifício classificado, Paula Silva refere que, pelo menos, as instalações deverão ser num espaço com carisma, com história, instalações de que dêem uma melhor visibilidade ao serviço. “Por exemplo, a Direcção dos Serviços e Bens Culturais está na Casa de Ramalde, no Porto, um edifício classificado, muito bonito, com um grande jardim e que pode ser visitado”, explicou.
Apesar de advertir que não é possível “fazer futurologia”, a nova directora regional mostrou a certeza de que a DRCN não saíra de Vila Real, “pelo menos não há qualquer ideia nesse sentido num horizonte próximo”.
Relativamente aos projectos herdados, Paula Silva explica que ainda está numa fase de análise e avaliação da realidade da Direcção Regional, mas que, quer os que já estão aprovados no âmbito de candidaturas a fundos europeus, quer aqueles que ainda esperam pela aprovação da comparticipação, deverão ter continuidade, não afastando no entanto a hipótese de se proceder a “algumas nuances”.
Relativamente à visão global sobre a Cultura na Região Norte, Paula Silva defende que é preciso dinamizar as infra-estruturas existentes e começar a pensar de forma mais global e não tanto individual, promovendo uma ideia de rede. “Nos últimos anos, fruto dos apoios comunitários, criaram-se muitas infra-estruturas, agora é muito importante criar público e massa crítica para ocupar esses espaços. É um segundo estádio. O primeiro foi a construção, agora tem que haver dinâmica”, sublinhou.
A directora acredita que a DRCN poderá “ter um papel de apoio a essa dinamização” e sobretudo na promoção de algo que é “absolutamente fundamental, o trabalho em rede”.
Paula Silva, antes directora dos Serviços e Bens Culturais, tendo sido ainda responsável pela Região Norte do extinto Instituto Português do Património Arquitectónico, Paula Silva recorda que abraçou o desafio como “um grande gosto, empenho” e sentido de responsabilidade.