Na praça do município, dezenas de empresários e trabalhadores ligados às áreas da restauração, dos bares e das discotecas, responderam à chamada do "Movimento a Pão e Água", vindos não só de Vila Real, mas também de outras cidades, como Chaves ou Mirandela.
Munidos de cartazes onde escreveram "Estão a matar quem não tem covid", "9 meses para nascer, 9 meses para morrer" ou "Para cá do Marão, ninguém sobrevive a água e pão", fizeram-se ouvir e pedem apenas que os deixem trabalhar.
“Estamos há nove meses sem conseguir sustentar as nossas famílias porque estamos proibidos de trabalhar", refere Alberto Cabral, da organização, acrescentando que "queremos que o governo abra uma porta à negociação e nos diga qual o caminho a seguir, porque não conseguimos aguentar mais".
Jorge Castelo foi um dos empresários que participou na manifestação. "Normalmente, as famílias juntam-se em casamentos ou funerais. Neste caso, a família da restauração está cá quase toda o funeral do setor", ironiza, explicando que "os últimos meses têm sido extretamente difícieis", lamentando que "dos oito funcionários que tinha em março, tenho seis e vamos ver o futuro".
O próximo passo é mobilizar os empresários para uma grande manifestação em Lisboa, no dia 25 de novembro, busca de “uma luz ao fundo do túnel”.