A má notícia chegou à aldeia por volta das 18h00, através de um telefonema que dava conta que algo de grave se tinha passado com o Joel Pedro. O tio, Abel Queiroga, que recebeu a notícia, referiu que lhes disseram que tinha havido um grave acidente, mas depois quando liguei para o telemóvel do Joel e ele não atendeu, temi logo o pior”, contou. E o pior acabou por ser confirmado alguns minutos depois pelo próprio pai, banhado em lágrimas.
A tia, Luciana Delgado, foi o rosto da dor e do luto. “Era muito querido por todos, muito trabalhador. Ele próprio trabalhava no campo quando podia. Semeou cerca de cem alqueires de centeio e o dinheiro da venda dos cereais era para ajudar a pagar as suas despesas”, contou. Amigos e colegas do Joel foram todos unânimes em considerá-lo como um jovem com extraordinárias qualidades humanas.
O primo Fernando, de 20 anos, também sentiu a perda do seu familiar e amigo. “Nem acredito no que aconteceu”.
A vítima estava há 3 anos na Academia, e o seu sonho, segundo os seus tios, era ser oficial da GNR. O pai de Joel Pedro, que tem mais uma filha de 14 anos, é camionista e a sua mãe funcionária de uma escola agrícola, em Chaves.
O funeral realizou-se ao fim da manhã de anteontem para o cemitério de Tronco, teve honras militares e constituiu uma grande manifestação de pesar.
A Polícia Judiciária Militar abriu um inquérito sobre este caso.