Segunda-feira, 9 de Dezembro de 2024
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É preciso “acelerar, acelerar, acelerar” a execução financeira do ON2

Apesar do balanço global ao nível da região ser “positivo” no que diz respeito à aprovação de projectos, com uma atribuição de 1.300 milhões de euros para o Norte, dos quais 200 milhões serão injectados no Douro, na passagem da teoria à prática, o cenário não é tão positivo, tendo em conta que apenas cerca de seis por cento das verbas já saíram do bolo para as mãos dos promotores. As palavras de ordem agora são acelerar, agilizar e flexibilizar.

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Segundo a Comissão de Coordenação e Desenvolvimento da Região Norte (CCDR-N), no que diz respeito à atribuição de verbas previstas no âmbito do Programa Operacional Regional do Norte (ON.2 – O Novo Norte), o Douro tem uma “discriminação positiva muito forte”, constituindo-se como o terceiro território, em termos de NUT III, com maior investimento per capita. Na prática, apenas 14 milhões de euros dos 200 milhões previstos para o Douro passaram já para as mãos dos promotores.

“Não temos nenhum problema de tesouraria. O que estamos a fazer é tentar acelerar os pedidos de pagamentos e flexibilizar o mais possível os procedimentos administrativos a eles associados, porque queremos dinamizar a execução para animar a economia neste contexto de crise”, defendeu Mário Rui Silva, gestor do ON2.

O mesmo responsável falava à margem do primeiro encontro “Norte + Próximo”, uma iniciativa da CCDR-N que tem exactamente como objectivo “garantir um contacto regular e de proximidade com as comunidades intermunicipais da Região do Norte, que permita a troca de informações entre a presidência da CCDR-N, a gestão do Programa Operacional Regional do Norte, os presidentes das câmaras municipais da Comunidade Intermunicipal e a sua estrutura de gestão”.

Mário Rui Silva considera que “o balanço que se faz do ON2 para a região, no geral, é positivo”, tendo em conta que os projectos aprovados somam já um investimento de 1.300 milhões de euros, o que indica que o programa “está sensivelmente a 50 por cento da atribuição total das verbas que têm para aplicar até 2013 e que os promotores têm que executar até 2015”.

Relativamente à transferência dos fundos, o gestor da ON2 explica que os atrasos começaram logo no “arranque do Quadro de Referência Estratégica Nacional e o do ON2, e na adaptação da máquina à nova arquitectura, substancialmente diferente daquela que vigorava no Quadro Comunitário de Apoio III”.

Mário Rui Silva defende ainda que “a grande problemática neste momento, em termos da execução financeira, tem a ver com o próprio atraso na execução física dos projectos, devido à dificuldade dos promotores em assegurar a chamada comparticipação nacional, ou mesmo devido à decisão de adiar o investimento, tendo em conta o contexto de incertezas em que vivemos”.

Para o Douro, o ON2 já tem investimentos aprovados na ordem dos 200 milhões, dos quais 140 milhões são fundos comunitários. “Se raciocinarmos em termos per capita, o Douro tem uma discriminação positiva muito forte, mas que é justa porque um dos objectivos do ON2 é a competitividade e a coesão”, explicou.

Entre os projectos mais significativos que já foram aprovados, o gestor do ON2 destacou a construção dos parques escolares e do Hospital de Lamego e os 50 milhões previstos para o sector do turismo.

No final da reunião, Artur Cascarejo, presidente da CIMDouro, adiantou que ficou acordado com a CCDR-N que será importante “cumprir um princípio que está no regulamento mas que tem tido dificuldade de aplicação, a possibilidade dos pedidos de pagamentos serem executados num prazo máximo de um mês”. “Neste momento, a esmagadora maioridade dos projectos candidatados ao QREN estão a ser executados porque as autarquias têm avançado com a sua contrapartida nacional, porque os fundos não tem chegado”, lamentou o autarca.

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