Quinta-feira, 12 de Dezembro de 2024
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Educação cívica

Cidadania. Palavra que percorre, na educação, de forma asfixiante toda e qualquer forma de aparição programática, todo e qualquer currículo. Urge problematizar: será que a palavra cidadania, patenteada em disciplinas como Educação Cívica, Área de Projecto, Estudo Acompanhado (agora, mais uma vez, reformulado) tem, efectivamente, dado o fruto desejado?

Quando vemos na rua um rapaz ou rapariga em idade escolar cuspir descomplexadamente para o chão, por exemplo, será que nos devemos questionar se a escola, na sua vertente de formação cívica, contribuiu para essa atitude, passando-lhe completamente ao lado? E os seus pais, porventura ainda jovens e também eles, reflexo de uma escola cada vez mais cívica?

Sabemos que a preocupação pela formação cívica nas escolas europeias não é de agora. Na verdade, o iluminismo absorveu as “luzes cívicas” oriundas dos gregos, numa tentativa de combate pela liberdade e pela razão que o obscurantismo da idade das trevas teimava em prolongar. Neste sentido, o liberalismo português, pela mão clarividente de Almeida Garrett com o seu

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