Segunda-feira, 9 de Dezembro de 2024
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Educação radical

Olho para as crianças deste país e sinto-as como que apartadas em dois grupos, radicais. E olho para quem lhes deve cuidar da Educação, e não os entendo. E neste mesmo saco amontoam-se o desleixo, a burocracia, a violência, a depravação, o crime, à mistura com estremados e ridículos cuidados, preocupações de fantasmagóricos traumas, cedências aos caprichos, abolição da disciplina, erradicação da autoridade.

Em orfanatos e casas de recolha de crianças sem família ou com família problemática, a cargo desse todo-poderoso anfitrião que se chama Estado, assiste-se com revolta mas com muita impotência, às violações dos mais elementares direitos das crianças. Violações que culminaram (e sei lá se ainda não culminam) nesse execrável acto ancestral mas que a sociedade actual só agora deu por ele: a pedofilia. Mas, do mesmo modo, estas crianças que sofrem já, à partida, as consequências do facto dos seus progenitores as terem abandonado por troca de vícios medonhos, egoísmos inconfessáveis ou contravoltas de uma vida que não dominaram, têm que aguentar com descriminações, falta de atenção para os problemas de cada uma, desamparo

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